app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5693
Economia Duplicação da AL-101 Norte provoca congestionamentos e dificulta acesso a municípios

GOVERNO PRECISARIA MELHORAR ESTRUTURA, DIZEM ESPECIALISTAS

Deficiência no fornecimento de água, falta de sinalização e de saneamento básico provoca queixas de turistas e empresários

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 22/02/2020 - Matéria atualizada em 22/02/2020 às 06h00

Ampliar a oferta de voos para que Alagoas permaneça na rota turística brasileira, como deseja o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Rafael Brito, exige medidas que vão além de incentivos fiscais para as companhias aéreas. Pelo menos é o que pensa empresários, representantes do setor turístico e os próprios turistas que visitam o estado.

Como a Gazeta de Alagoas mostrou na edição de 11 de janeiro deste ano, pelo menos oito municípios do estado reclamam de dificuldades de acesso, falta de água e saneamento, além da insegurança. Na época, prefeitos, empresários do turismo e os próprios nativos cobravam as promessas que o governador Renan Filho (MDB) teria garantido com obras de infraestrutura básica. Entretanto, a maioria das promessas não saiu do papel, entre elas a duplicação da AL-101 Norte – que se arrasta por anos –, construção de acostamentos na AL-105 –a via de Milagres–, melhorias no abastecimento de água, no saneamento e na segurança pública. Em Maragogi, principal polo turístico da região Norte, turistas se espantam com a infraestrutura da cidade, como é o caso do geofísico Nigel dos Santos, que passou as férias de janeiro no município, com a mulher e três filhos menores de idade. Tão logo desembarcou em Alagoas, Nigel teve que superar com paciência o engarrafamento na área da duplicação da AL-101, no bairro de Jacarecica, em Maceió. Vieram no tato. Por isso, reclamou da falta de informações turística do estado a respeito dos principais pontos turísticos e possíveis obstáculos. Como os dois municípios são conhecidos internacionalmente, estranhou a falta de saneamento sobretudo em algumas praias que ainda recebem cargas de esgoto e do abastecimento de água precário para a população nativa. O problema da falta de água tratada fornecida pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) causa prejuízos aos donos de hotéis, pousadas e aos que alugam casa de temporada nos bairros mais distantes do centro de Maragogi. Os estabelecimentos compram caminhões pipa até por R$ 500. Alguns turistas que alugaram casas de temporada foram embora por causa da falta de água constantemente. O prefeito de Maragogi, Fernando Sérgio Lira (PP), admite que a população e os turistas têm razão de reclamar. Segundo ele, existem questões de infraestrutura que precisam ser resolvidas. Com relação ao abastecimento de água na cidade dele, responsabilizou a companhia estadual. “A Casal não faz investimentos. A empresa atualmente só faz manutenção do sistema. De fato, estamos tendo problemas com a companhia. A cidade de Maragogi e as comunidades como a de Barra Grande estão com fornecimento água muito precário”, lamenta.

Mais matérias
desta edição