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Nº 5885
Economia

FAMÍLIA DÁ NOVO SIGNIFICADO À REGIÃO DA CAATINGA, NO SERTÃO

Reserva do Castanho, em Delmiro Gouveia, conta com restaurante, pousada e cervejaria

Por Victor Lima | Edição do dia 07/03/2020 - Matéria atualizada em 07/03/2020 às 12h26

O que começou como o Restaurante do Castanho, hoje é a Reserva do Castanho
O que começou como o Restaurante do Castanho, hoje é a Reserva do Castanho - Foto: Divulgação
 

As paisagens naturais de Alagoas surpreendem os conterrâneos e visitantes pela beleza e sensação de aconchego que oferecem. A novidade é encantar num lugar diferente do que se imagina: no meio da caatinga. Esse foi o desafio da família de seu Eliseu Gomes, que estava acostumado a lidar com o público por meio dos passeios de barco, quando resolveu incrementar o negócio e abrir um restaurante.

O que começou como o Restaurante do Castanho, hoje é a Reserva do Castanho, administrada pela agência de turismo Cânions São Francisco, de propriedade da família. “A gente foi com a cara e a coragem, em 2014, para fazer o restaurante. Era uma ideia do meu pai há mais de 25 anos. Primeiro ele fez o barco Catamarã, depois ele começou o restaurante. Até acho que foi bom porque se ele tivesse feito o restaurante primeiro, não teria feito o barco, que deu muito trabalho [risos]”, inicia a filha de Eliseu, Elise Gomes.

Ela deu mais detalhes sobre a história por trás do empreendimento da familiar. “Quem fez isso foi meu pai e ele foi taxado de louco, em 2014, porque não tinha nada, era tudo caatinga. Antes, o nome da fazenda era Fazenda Castanho, que era do meu avô desde 1937 e foi herdada pelo meu pai. Em 1994, inundou tudo em Xingó. A parte dos cânions era toda seca. Quando houve o enchimento do lago Xingó, a última hidrelétrica do complexo Chesf, a família continuou a proteger a natureza, e os 1500 hectares não inundados foram transformados em reserva ambiental. Hoje, a Reserva do Castanho é a maior área de caatinga preservada de Alagoas”, destaca.

Elise cuida da parte administrativa da agência, a mãe fica com a parte financeira, enquanto seu pai é tido como o ‘relações públicas’ e historiador do empreendimento, que conta até com um museu na recepção da pousada. “O cliente, ao chegar na pousada, já tem essa surpresa com o Museu Cânions de São Francisco, que situam o visitante contando todos os detalhes da era primitiva à civilização. Então, fala de lampião, dos fósseis, de tudo. Quem dá a aula é meu pai, inclusive. Já foram faculdades fazer visitas técnicas lá. A gente também investe nisso”, explica Elise.

A CLIENTELA

Quem visitou a reserva de 1500 hectares só tem elogios. A Gabriela é uma das clientes que apreciam o contato com a natureza e com os animais e já pensa em voltar. “O local é extremamente agradável para relaxar e entrar em contato com a natureza, com as iguanas, calangos e aves que circulam livremente pelas dependências, tornando a experiência mais agradável. Ainda tem uma grande variação de comidas típicas, piscina com borda infinita e funcionários muito solícitos”, disse.

Wagner Vera Cruz é quase sócio do ambiente de tantas visitas que já fez. “Já fui algumas vezes e a cada visita fico mais encantado com o espaço, inclusive com o hotel, que é excelente para quem busca conforto e tranquilidade”.

Como se não bastassem atrativos, o negócio também oferece um serviço de cervejaria, como conta a turista Ana Paula, que é de Santa Catarina. “Ficamos hospedados na pousada, mas o proprietário foi muito atencioso e nos mostrou outros serviços. O chopp Maria Bonita, que ele sugeriu, é muito saboroso”.

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