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Nº 5881
Economia Agricultores familiares esperam sementes do governo de Alagoas para iniciar o plantio

SECRETÁRIO DESCONHECE PORTARIA DO GOVERNADOR RENAN FILHO

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Por arnaldo ferreira | Edição do dia 14/03/2020 - Matéria atualizada em 14/03/2020 às 06h00

Até quinta-feira (27 de fevereiro) o próprio secretário desconhecia a portaria do governador. Ao ser questionado se representaria o governo de Alagoas num evento nos Estados Unidos, o secretário respondeu que “não ele tinha nada programado neste sentido”. Demonstrou desconhecer a portaria publicada no Diário Oficial do estado.

Num rápido contato com a reportagem da Gazeta, o secretário João Lessa rebateu ainda as informações dos técnicos da pasta a respeito da distribuição de semente. Ao ser questionado se este ano haverá mil toneladas de sementes para os produtores da agricultura familiar, João Lessa respondeu que “ainda estamos elaborando o projeto para ser apresentado e avaliado pelo governador Renan Filho. Ainda não temos nada concreto para anunciar”. Enquanto o governo de Alagoas demonstra falta de agilidade para oferecer alternativas sobretudo aos pequenos produtores da agricultura familiar do semiárido, a bancada federal busca recursos para tentar salvar a agricultura. A pasta recebeu recursos da ordem de R$ 14 milhões da emenda parlamentar destinada a construção de cisternas na zona rural de municípios do Sertão e Agreste. Num balanço sobre os estragos da seca, o secretário confirmou que houve prejuízo. Não mencionou o montante. No entanto, demonstrou otimismo e crença na mudança de tempo. “As coisas vão melhorar. A gente precisa acreditar e ter o pensamento positivo”, afirmou.

EMERGÊNCIA

O governo federal reconheceu, por intermédio da portaria nº 355 no último dia 22 de fevereiro, a situação de emergência de 42 municípios que não registra chuvas regulares há mais de dois anos. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil direcionou para a conta da Coordenação estadual de Defesa Civil recursos da ordem de R$ 10 milhões. Cerca de 30% deste montante já está empenhado para a contratação e credenciamento de 120 caminhões- pipas. Esta água não pode ser utilizada politicamente, nem vendida, e será fiscalizada por órgãos federais e estaduais. Além da Defesa Civil estadual, mais 160 caminhões-pipa fretados pelo Exército distribuem água em comunidades rurais dos municípios em situação de emergência. As duas operações atenderão mais de 300 mil sertanejos, alguns deles vivem próximos do rio São Francisco e do Canal do Sertão, mas não recebem água tratada em casa. Ao liberar os recursos, o governo federal exige que toda a água distribuída pela Defesa Civil de Alagoas deve ser fiscalizada e ser potável para o consumo humano. Desde o ano passado, o Exército socorre comunidades rurais com 160 caminhões-pipa que transportam água de poços e adutoras credenciadas. A água, antes de ser distribuídas nas comunidades, recebe pastilhas de cloro para evitar riscos. Os 120 caminhões fretados pela Defesa Civil estadual levarão água para 650 comunidades. Pelos cálculos do capitão do Corpo de Bombeiros Alan Cavalcante, que coordena a distribuição de água pela Defesa Civil, cerca de 120 mil pessoas serão beneficiadas, a partir de março, pela operação. “A Defesa Civil de Alagoas faz uma operação extra para dar suporte a operação em curso pelo Exército. As 650 comunidades que serão atendidas por nossa equipe ficam em locais diferentes das atendidas pela operação do Exército”, destacou o capitão. Outro detalhe importante é que as comunidades atendidas ficam na zona rural dos municípios de Água Branca, Arapiraca, Batalha, Belém, Belo Monte, Cacimbinhas, Canapi. Carneiros, Coité do Noia, Craíbas, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Major Izidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho D`Água das Flores, Olho D` Água do Casado, Olho D`Água Grande, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Pariconha, Piranhas, Poço das Trincheiras, Quebrângulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Tanque D´Árca e Traipu. As operações da Defesa Civil e do Exército atendem mais de 300 mil alagoanos, avaliam os técnicos da Defesa Civil. Quem perceber o envolvimento político ou o comércio ilegal de água da Defesa Civil, pode denunciar pelo telefone (82) 3315-2843, da central da Defesa Civil. A água do Exército e da Defesa Civil é de graça.

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