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Economia

RECESSÃO É INEVITÁVEL, DIZ ECONOMISTA CÍCERO PÉRICLES

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Por arnaldo ferreira | Edição do dia 21/03/2020 - Matéria atualizada em 21/03/2020 às 08h22

Neste cenário, com as principais economias atravessando problemas econômicos monumentais, a recessão é inevitável, destaca o doutor em economia Cícero Péricles. “A epidemia do coronavírus passou a ser percebida em dezembro. Impactou, inicialmente, na economia chinesa, a segunda maior economia do mundo, e primeira parceira comercial do Brasil. Nesse primeiro movimento, a China retrocedeu sua taxa média de crescimento, refletindo nas demais economias”. Desde o mês passado, a epidemia chegou à maioria dos países, alguns deles com peso na economia mundial, a exemplo do Estados Unidos, Japão e União Europeia, afetando o desempenho econômico geral e ampliando o cenário recessivo. A situação nacional é difícil. Mas não está totalmente definida como em outros países. Péricles acredita que tudo vai depender da extensão e do tempo que durar a epidemia. “Diante das incertezas, do cenário internacional recessivo, os investimentos diminuíram, assim como a produção, o consumo e as exportações. A combinação de aumento de casos de infecção e o anúncio de uma recessão global põe todos os agentes econômicos brasileiros – bancos, exportadores, empresas de comércio e serviços, indústria, e consumidores – em posição de cautela, recuando nas suas atividades, gerando mais desemprego e uma menor receita dos tributos federais”.

Depois de anos apresentando crescimento econômico acima da média nacional, o Nordeste há quatro anos apresenta os resultados mais baixos entre as cinco regiões brasileiras. Os efeitos da epidemia terão impactos ainda maiores, refletirá deficiências antigas, como o aumento do maior nível de pobreza, e o ritmo mais lento de recuperação, avalia Cícero Péricles. “É bom lembrar que nosso comércio interestadual com os estados nordestinos tem quase mesma importância que para o exterior. Este ano, a economia alagoana deverá acompanhar o desempenho econômico nacional e regional, ou seja, terá uma taxa de crescimento menor que as dos últimos três anos”. AF

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