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Economia

DECRETO DE RENAN FILHO JÁ CAUSA DEMISSÕES NO SETOR DE SERVIÇOS

Abrasel diz que desemprego é realidade, caso não sejam tomadas medidas urgentes pelos governos

Por regina carvalho | Edição do dia 25/03/2020 - Matéria atualizada em 25/03/2020 às 07h00

/Maceió, 24 de março 2020
Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 24 de março 2020
Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 24 de março 2020
Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
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Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 24 de março 2020
Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 24 de março 2020
Bares e Restaurantes fechados por causa do coronavírus em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

Não deu tempo de comemorar a redução tímida da taxa de desempregados no Brasil nas últimas semanas. Alagoas começa a sentir o impacto da pandemia do Covid-19 e o decreto que impõe fechamento de bares e restaurantes por dez dias já provoca a demissão de trabalhadores desse setor. Thiago Falcão, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Alagoas (Abrasel/AL), afirma que as demissões em massa são uma realidade, caso não sejam tomadas medidas urgentes pelos governos. “Fazer o trabalho numa crise dessa significa a demissão de pessoas. Levando em consideração que bares e restaurantes hoje dentro da capital são o maior empregador, imagine o caos social trazido através de demissões em massa dentro do nosso setor”, afirma. O presidente da Abrasel/AL explica que bares e restaurantes com situação financeira mais estruturada têm em média de 5 a 10% de lucratividade. “O fechamento de um mês de um bar e restaurante significa o prejuízo de um ano inteiro. Então o ‘fechar’ para a gente tem impactos extremamente forte no presente e no futuro, bem longo. A gente está solidário com a situação, está fazendo a nossa parte, entendemos o apelo da população de modo geral, mas tem que ter medidas agora. Depois que estiver instalado o colapso, o que a gente vai fazer?”, questiona Falcão, que é proprietário de três restaurantes em Maceió.

O restaurante Lopana - erguido há quinze anos na Praia da Ponta Verde, em Maceió - vive sua pior crise. Na avaliação do proprietário do estabelecimento, Eduardo Salles, muitos pontos não vão reabrir quando o decreto deixar de existir. “Muito preocupante, acredito que vai morrer muito mais gente se demorar muito o comércio fechado. Se tudo continuar fechado o efeito colateral vai ser muito maior do que tudo, porque só de fome no Brasil hoje já morrem dez vezes mais do que qualquer pandemia. Se não tomarem uma atitude rápida em relação ao retorno das atividades econômicas será o caos”, avalia.

Na opinião do empresário, bares e restaurantes devem conseguir segurar a situação atual por até quinze dias, no máximo. “Nesse período já dá para dar uma segurada nessa pandemia e ir gradativamente voltando a economia a reagir, porque se passar mais do que isso vai ficar complicado, vai começar a ter demissão em massa. Muitos estabelecimentos não vão nem reabrir porque não têm condições. Tem que ter essa quarentena, mas a gente está vendo aí nos Estados Unidos que começou a voltar e está sentindo. Imagine o Brasil. O índice de suicídio, depressão, angústia e gente morrendo do coração vai ser muito maior que qualquer epidemia. Se demorar o decreto muitos não reabrem nem agora e nem tão cedo”, explica.

CRISE

Lopana conta com 84 funcionários diretos, cerca de quarenta terceirizados e clientela formada 80% por turistas. A cada dia oito trabalhadores do restaurante vão ao estabelecimento fazer manutenção, medida que deve vigorar nesses dez dias de decreto. “A empresa não pode ficar só em momento algum. Depois disso não tem como segurar, temos 84 funcionários e estamos sem faturar. Mas a demissão é a última opção, já que a maioria dos funcionários está com a gente há muito tempo. Mas poucas empresas têm essa condição. Muitos já demitiram, conheço quem tinha quarenta funcionários e já demitiu dez na primeira semana. Acho que quinze dias é o limite, mais do que isso será o caos. Uma crise sem precedentes”, finaliza o empresário Eduardo Salles.

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