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Nº 5694
Economia

FECOMÉRCIO ESTIMA PREJUÍZO DE R$ 530 MI COM DECRETO ESTADUAL

Empresários solicitam ao governador Renan Filho que não seja prorrogado o decreto que vigora em Alagoas desde o último dia 21

Por HEBERT BORGES* ESTAGIÁRIO | Edição do dia 27/03/2020 - Matéria atualizada em 27/03/2020 às 22h07

Mal chegou a metade da quarentena em Alagoas, que na quarta-feira (26) completou 5 dos 10 dias previstos em decreto estadual, e os empresários do Estado já anunciaram, por meio de nota divulgada pela Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL) que solicitam ao governador Renan Filho que não seja prorrogado o decreto que vigora desde o último dia 21. Segundo a entidade, o fechamento de empreendimentos de produtos e serviços não essenciais em Alagoas farão com que R$ 530 milhões deixem de ser faturados pelos empresários locais. A estimativa de perdas é da Fecomércio/AL. De acordo com a entidade, o setor terciário representa 49% do PIB do Estado e emprega 66% dos trabalhadores em regime celetista, além de responder por 83,33% dos empreendimentos e por 44% da arrecadação de ICMS de Alagoas. O presidente da Fecomércio/AL, Gilton Lima, afirmou que não há como projetar demissões, mas que os empresários estão adotando estratégias das mais diversas para compensarem os 10 dias sem faturamento. “De férias coletivas a acordos, a MP 927 flexibilizou a legislação e permitiu aos empresários concederam até três meses de férias ininterruptas, que poderão ser descontadas nos próximos três anos, além de outras medidas que devem estar sendo utilizados pelos empresários”, lembrou. Segundo os cálculos da entidade, a suspensão também gera perdas para o Estado. “Considerando a série histórica da arrecadação, a perda de arrecadação do Estado durante os 10 dias de atividade quase zero do setor terciário é estimada em R$ 47 milhões de reais. Havendo prorrogação e totalizando 30 dias, o montante poderá chegar a R$ 130 milhões”, estima. Já o cálculo para chegar no valor de perda de faturamento foi baseado correspondendo a uma atividade diária de R$ 53 milhões de reais. “Caso o governo opte por prorrogar o prazo de suspensão por mais 20 dias, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão”, afirma. A Federação pede ao governador que sejam pensadas medidas alternativas de modo que os interesses sociais e do setor terciário andem lado a lado no enfrentamento da pandemia do Covid-19, resguardando o cumprimento das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). “A Fecomércio reconhece a importância das medidas de proteção coletiva no intuito de preservar a saúde da população alagoana, preservando nosso capital humano. Reconhece, também, que a suspensão das atividades do Comércio e de Serviços gera o desaquecimento da economia e, como consequência, o desemprego. É preciso equilibrar os interesses da sociedade e do setor produtivo para que o desenvolvimento seja contínuo, criando oportunidade a todos”, disse em nota o presidente da Federação, Gilton Lima.

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