Economia
Governo gasta R$ 1 bi para cobrir perda de t�rmicas

Rio - O governo vai desembolsar mais de R$ 1 bilhão para compensar os prejuízos causados pela paralisação no Mercado Atacadista de Energia (MAE) nos resultados das térmicas já em operação no País. A Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) assinou, com quatro geradoras, os contratos de compra dos recebíveis pela venda da energia - documentos que garantem o pagamento futuro, pelo MAE, da eletricidade injetada no sistema interligado pelas usinas. Desta forma, a comercializadora estatal paga às empresas o que o mercado privado não vinha pagando. As térmicas beneficiadas são a Macaé Merchant, da El Paso, a Eletrobolt, da Enron, a UTE Juiz de Fora, da Cataguazes Leopoldina, e a Fafen, da EDP. As duas primeiras já vinham gerando energia desde outubro, sem receber pela venda às distribuidoras. Reservatórios O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos, reconheceu ontem que o nível dos reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas na Região Nordeste não alcançará a previsão de 70%, feita no início do mês. Segundo ele, o volume de água nas barragens nordestinas deverá alcançar 64% no dia 31 de março. ?Setenta por cento seria excelente, mas 64% é muito bom?, comentou Mário Santos ao chegar ao Ministério de Minas e Energia para uma reunião da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE). Santos disse que, apesar de o nível estar abaixo da previsão, esse volume não compromete o abastecimento. ?O nível dos reservatórios está muito acima da curva guia?, disse, referindo-se ao limite mínimo determinado pelo governo. Segundo o boletim de acompanhamento da operação divulgado pelo ONS, o nível dos reservatórios do Nor-deste chegou ontem a 63,07%, o que representa 13,26 pontos percentuais acima da curva guia.