Argentina est� sob amea�a da hiperinfla��o
As empresas argentinas já começam a elevar os preços devido à forte desvalorização cambial dos últimos dias, mostrando que o fantasma da hiperinflação pode voltar a assombrar o país. De acordo com o jornal argentino El Cronista, as montadoras instalada
Por | Edição do dia 27/03/2002 - Matéria atualizada em 27/03/2002 às 00h00
As empresas argentinas já começam a elevar os preços devido à forte desvalorização cambial dos últimos dias, mostrando que o fantasma da hiperinflação pode voltar a assombrar o país. De acordo com o jornal argentino El Cronista, as montadoras instaladas no país, entre elas a Ford e a Volkswagen, devem anunciar um aumento de preços de 20%. Em janeiro, poucos dias após o governo liberar o câmbio, as montadoras fizeram um reajuste médio de 30%. O aumento no preço dos veículos segue o de outros produtos de consumo como o pão, que deve subir 30% nos próximos dias de acordo com a associação de panificadoras. Já o preço de bebidas e alimentos acumulam 51% de reajuste desde janeiro. Além disso, os imóveis também tiveram alta neste fin de semana, com as pessoas querendo investir seus pesos antes que eles percam mais valor. A disparada dos preços reflete a desvalorização cambial. Em pouco mais de dois meses, o peso perdeu 74% de seu valor ante o dólar. De acordo com consultorias privadas, esta desvalorização já eleva em 27% o custo de vida para a classe média. Para tentar conter uma disparada ainda maior do dólar, o presidente do Banco Central, Mario Blejer, garantiu que não haverá emissões desenfreadas de pesos. Não penso em ratificar a alta do dólar com emissões, nem se houver pressões e independentemente da estabilidade institucional, disse.