Economia
Bolsa cai 5,5% em mar�o

A crise política, o corte tímido nos juros e as projeções negativas para gigantes do setor de telecomunicações levaram o Ibovespa a fechar março com queda acumulada de 5,55%, após um fevereiro de ganhos de 10,31%. Ontem, último pregão do mês, o índice encerrou em baixa de 1,26%, aos 13.254 pontos. No ano, a Bolsa tem agora perdas acumuladas de 2,37%. Em janeiro, a desvalorização da Bolsa paulista tinha sido de 6,30%. O clima turbulento provocado pelo rompimento do PFL com o governo desestimulou os negócios, inibindo o giro financeiro da Bovespa. O atraso na votação da proposta que prorroga a CPMF (imposto do cheque) até 2004 preocupou o mercado, pois aponta uma perda semanal de arrecadação de R$ 400 milhões. Ontem, o volume de negócios somou R$ 407,512 milhões, o mais baixo do mês, refletindo o feriado religioso desta Sexta-feira. Nos últimos pregões, apenas as tesourarias bancárias estão dominando as operações, o que sinaliza a cautela dos fundos de pensão, gestoras de recursos e grandes investidores estrangeiros. O corte da taxa Selic em apenas 0,25 ponto percentual, para R$ 18,50% ao ano, feito pelo governo na semana passada, frustrou o mercado, que aguardava redução de 0,50%. Juros menores estimulam o crescimento econômico e favorecem as expectativas para os ganhos das empresas.