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Nº 5822
Economia

Sal�rio baixo e escassez de cr�dito emperram economia

Brasília - O baixo nível dos salários e a pequena oferta de  crédito pelos bancos estão limitando o crescimento da economia. De acordo com avaliação do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na ata da última reunião, divulgada ontem, esses

Por | Edição do dia 29/03/2002 - Matéria atualizada em 29/03/2002 às 00h00

Brasília - O baixo nível dos salários e a pequena oferta de  crédito pelos bancos estão limitando o crescimento da economia. De acordo com avaliação do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na ata da última reunião, divulgada ontem, esses dois fatores irão diminuir a velocidade de recuperação do nível de atividade ao longo de 2002. A projeção do BC é de um crescimento de 2,5% este ano. “Para recuperação (da economia) ser mais rápida e sustentada, precisa ser acompanhada de aumento da massa salarial e do crédito”, afirmou o diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn. Isso, no entanto, segundo analistas do mercado, pressupõe taxas de juros menores. Enquanto, por um lado, as indústrias vêm dando sinais de retomada da produção desde o final do ano passado e tanto consumidores quanto empresários têm se mostrado mais otimistas em relação ao futuro da economia, as altas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras nas operações de empréstimos atuam na direção contrária, freando o crescimento. “O estoque das operações de crédito ao setor privado tem-se mantido relativamente estável nos últimos meses. Em relação a janeiro de 2001, o total de empréstimos ao setor privado cresceu 5,7% em termos nominais, valor abaixo da inflação do período”, destaca a ata da reunião do dia 20 de março, que reduziu pelo segundo mês consecutivo a taxa básica de juros, passando de 18,75% para 18,50%. Com relação aos salários, o documento ressalta que “a massa salarial real caiu ao longo dos três primeiros trimestres de 2001 e manteve-se praticamente estável entre novembro e dezembro”. Para Goldfajn, entretanto, essa situação não sugere a necessidade de medidas adicionais por parte do governo - além das que já foram tomadas - para reduzir o custo dos empréstimos aos tomadores finais. Isso, na avaliação dele, será uma conseqüência natural do melhor comportamento da economia e da redução da taxa básica de juros. Tanto a questão dos salários quanto a do crédito são consideradas nas avaliações mensais do Copom para definir a trajetória dos juros. No caso dos empréstimos, a redução da taxa básica não tem sido acompanhada de uma diminuição do custo das operações de crédito, na mesma intensidade. E a justificativa para isso, segundo o BC, é o risco de inadimplência.

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