app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Economia

Lojas de R$ 1,99 somem do centro de Macei�

O centro de Maceió foi invadido, há quatro anos, pelas lojas de produtos importados de R$ 1,99, mas o aumento do dólar e a baixa qualidade dos produtos fizeram os consumidores desaparecerem. Das 25 lojas abertas no auge das vendas, apenas 10 continuam em

Por | Edição do dia 29/03/2002 - Matéria atualizada em 29/03/2002 às 00h00

O centro de Maceió foi invadido, há quatro anos, pelas lojas de produtos importados de R$ 1,99, mas o aumento do dólar e a baixa qualidade dos produtos fizeram os consumidores desaparecerem. Das 25 lojas abertas no auge das vendas, apenas 10 continuam em funcionamento. De acordo com dados da Associação de Retalhistas, o setor cresce 12% ao ano, no Brasil. Em Maceió o número é inferior, as lojas do gênero representam apenas 8% da economia do centro da cidade, mas esse índice já chegou a 20%, quando as lojas começaram a se instalar aqui em 1998. Segundo Ivo Machado, dono de loja, a margem de lucro desses estabelecimentos foi muito reduzida devido aos sucessivos aumentos na taxa cambial dos últimos anos. “Eu tive que me adequar ao mercado, ampliando a variedade dos produtos para atingir consumidores de maior poder aquisitivo, e assim conseguir manter meu negócio aberto”, justificou. Além da alta do dólar, o grande número de lojas do gênero e a falta de garantia dos importados populares também contribuíram para o grande número de falências, conforme disse o presidente dos retalhistas de Alagoas, Guido Santos. “Os consumidores estão rejeitando os produtos porque eles não têm qualidade e as lojas não oferecem nenhuma garantia. Então, os donos foram obrigados a fechar as portas, mudar de ramo ou fazer algumas mudanças para tentar se adaptar ao mercado e reconquistar parte dos clientes perdidos”, explicou o presidente da associação. Os consumidores por sua vez reclamam do aumento dos preços, que variam de R$ 5 a R$ 15. “Você entra na loja de R$ 1,99, mas o difícil é encontrar alguma coisa por esse preço. Isso é propaganda enganosa! ”, reclamou uma consumidora.

Mais matérias
desta edição