O saldo da balança comercial alagoana - medido pela diferença entre as exportações e importações - registrou deficit de US$ 77,5 milhões - o equivalente a R$ 394,89 milhões no câmbio atual - no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. De acordo com os dados, nos três primeiros meses deste ano, o Estado exportou US$ milhões, um aumento de 56,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações atingiram US$ 202,6 milhões, um avanço de 62,2 em relação aos três primeiros meses de 2019. Segundo o governo federal, no primeiro trimestre deste ano as exportações de açúcar responderam por 83% de todo o volume exportado pelo estado. Em valores absolutos, foram exportados US$ 104 milhões, um aumento de 49,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse percentual representa US$ 34,3 milhões a mais em relação a 2019. Os dados do Ministério da Economia mostram que a soja já é responsável pelo segundo maior volume de exportações de Alagoas no primeiro trimestre, com 6,3% do total exportado. Entre janeiro e março, o produto movimentou US$ 7,93 milhões. Em seguida aparecem milho (com 3,6% do total exportado), polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, com 3,2%, e demais produtos da indústria de transformação, com 2,3%. Em relação às importações, outros hidrocarbonetos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados corresponderam por 9,7% do total de produtos comprados por empresas alagoanas no exterior, movimentando US$ 19,7 milhões - um crescimento de 83,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, o percentual representa US$ 19,7 milhões. O ranking das importações segue com outros artigos de materiais minerais, com 4,4% do total importado, demais produtos da indústria de transformação (4,3%) e ácidos carboxílicos e seus anidridos, halogenetos, peróxidos e perácidos e seus derivados, com 3,6%. Em nível nacional, apesar da queda nas exportações, a balança comercial fechou março com o menor saldo positivo em três anos. No mês passado, o Brasil exportou US$ 4,713 bilhões a mais do que importou. O resultado é 9,7% superior em relação ao superavit de US$ 4,296 bilhões registrado em março do ano passado. No mês passado, o país exportou US$ 19,239 bilhões, queda de 4,7% em relação a março do ano passado pelo critério da média diária. As importações somaram US$ 14,525 bilhões, com recuo de 4,5% também pela média diária. Com o resultado de março, a balança comercial acumula superavit (exportações menos importações) de US$ 6,135 bilhões nos três primeiros meses do ano, com recuo de 33,1% na comparação com o mesmo período de 2019, quando o superavit tinha atingido US$ 9,025 bilhões. O acumulado do ano ainda está influenciado pelo mês de janeiro, quando a balança registrou déficit de US$ 1,674 bilhão. Nos três primeiros meses do ano, as exportações somaram US$ 50,095 bilhões, retração de 3,7% em relação ao mesmo período de 2019 pela média diária. As importações totalizaram US$ 43,960 bilhões, com alta de 2,6% na mesma comparação. Isso explica a retração no saldo deste ano. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, os principais produtos que tiveram queda nas exportações no mês passado foram milho, com recuo de 51,1% em relação a março do ano passado, celulose (-32,1%) e aeronaves e componentes de aeronaves (-22%). Em compensação, cresceram as vendas de açúcares e melaços (+36,4%), carne bovina (+27,1%) e petróleo bruto (+13%). Apesar da queda média de 9,9% na cotação internacional do barril em março, o volume de petróleo embarcado aumentou 25,4%, resultado no aumento de 13% no valor exportado pelo Brasil. Em relação aos setores da economia, a agropecuária puxou as exportações no mês passado, com crescimento nas vendas de 6,8% em relação a março de 2019. As vendas da indústria extrativa (categoria que inclui minerais) caíram 4%. Afetadas principalmente pela crise na Argentina, as exportações da indústria de transformação recuaram 9,8% na mesma comparação. Nas importações, as compras de bens de capital – máquinas e equipamentos usados na produção – subiram 6,6% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado. As informações são da Agência Brasil.