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Levantamento

PREÇO DA GASOLINA VENDIDA EM ALAGOAS RECUA 8,5% EM ABRIL

Segundo levantamento, valor médio do litro do combustível atingiu R$ 4,243, em média, nos postos alagoanos pesquisados pela ANP

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O preço da gasolina comercializada nos postos alagoanos recuou 8,5% na primeira quinzena de abril, na comparação com o mesmo período do mês anterior, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (20), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com os dados, o valor médio vendido nos 120 postos pesquisados pela agência este mês atingiu R$ 4,243, contra R$ 4,639 registrados na primeira quinzena de março. Na comparação semanal, o valor da gasolina nos postos alagoanos ficou praticamente estável, com uma leve queda de 0,6% na semana passada, na comparação com a semana anterior. Nesta segunda-feira, a Petrobras anunciou mais uma redução nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Para a gasolina, o valor médio cairá 8%, passando a custar em suas refinarias R$ 0,91 por litro.

Este é o 11º corte na gasolina e o 10º no diesel este ano, em resposta à queda das cotações internacionais em meio à pandemia do novo coronavírus. Desde o início do ano, a queda acumulada é de 55%. Já o preço do diesel será reduzido em 4%, em média, passando a custar 1,46 por litro. A redução acumulada em 2020 é de 38%.

Considerando valores corrigidos pela inflação, os preços dos dois combustíveis nas refinarias da Petrobras estão nos menores patamares ao menos desde 2005, início de série histórica compilada pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).

CENÁRIO

Segundo especialistas, o cenário reflete o elevado nível de estoques globais dos produtos, já que o consumo despencou após o início das medidas de isolamento em social para conter a contaminação pela Covid-19. No mundo, há notícias de empresas contratando navios como alternativa para estocar os produtos. Segundo dados da EIA (a agência de estatísticas do Departamento de Energia dos Estados Unidos), os estoques de gasolina naquele país atingiram 262 milhões de barris no último dia 10, um aumento de 15% em relação o verificado no dia 12 de dezembro de 2019. O movimento ocorreu mesmo com uma redução de cerca de 30% na produção do combustível no mesmo período: no dia 10 de abril, a produção acumulada em 30 dias nas refinarias foi de 7 milhões de barris de gasolina, contra 9,9 milhões de barris no período de 30 dias encerrado em 12 de dezembro. No Brasil, a Petrobras viu uma queda de 60% na demanda por gasolina nas primeiras semanas após o início do isolamento. A estatal também reduziu a produção de combustíveis em suas refinarias para evitar gargalos na infraestrutura de armazenamento. Para enfrentar o cenário de preços baixos, anunciou uma série de medidas, como corte de investimentos, suspensão de bônus e dividendos e redução da produção de petróleo, com a hibernação de 62 plataformas. Nos postos brasileiros, o preço da gasolina continua em queda, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Na semana passada, o litro do combustível foi vendido, em média, a R$ 4,095, 1,3% a menos do que na semana anterior. Em 2020, a queda acumulada é de 10,1%; Já o preço do diesel caiu 0,6% na semana passada, para R$ 3,318 por litro. Desde o início do ano, a queda acumulada é de 11,5%. A queda dos preços gerou um embate entre Petrobras e usineiros, que pedem a elevação de impostos sobre a gasolina para ajudar na competitividade do etanol -que só é vantajoso quando seu preço equivale a até 70% do preço do derivado de petróleo. O setor de cana-de-açúcar tem apoio do Ministério da Agricultura, mas o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco diz que a medida pode prejudicar o abastecimento de gás de botijão, que é produzido nas refinarias junto com a gasolina. As informações são da Folhapress.

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