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Nº 5885
Economia Mesmo podendo funcionar, as padarias alagoanas sentiram o impacto no faturamento

FATURAMENTO DE PADARIAS EM ALAGOAS CAI 40% COM PANDEMIA

Sindicato diz que setor está buscando se reinventar para garantir receita que permita custear a atividade e honrar os compromissos.

Por Hebert Borges | Edição do dia 01/05/2020 - Matéria atualizada em 01/05/2020 às 06h00

Mesmo com o funcionamento autorizado, as padarias em Alagoas já registram 45%, me média, de queda no faturamento. O setor, que conta com cerca de duas mil unidades no estado e emprega por volta de 20 mil trabalhadores, é mais um dos afetados pela pandemia do novo Coronavírus. Os dados são do Sindicato da Indústria de Panificação de Alagoas (Sindipan), que afirma que a situação é ainda é pior para os empreendimentos que servem refeição no local. Estes tiveram queda de 90%. De acordo com o presidente da entidade, Alfredo Dacal, as padarias estão buscando se reinventar para garantir receita que permita custear a atividade e honrar os compromissos. A inserção em aplicativos de delivery e outros meios digitais são alternativas para continuar a vender. No entanto, ele reconhece que algumas medidas para conter gastos já foram adotadas. “Todo o setor no momento está dando férias e se utilizando das suspensões nos contratos [de trabalho], e algumas já começaram a demitir”, revela. Dacal conta que, caso a situação não mude, as demissões devem aumentar. Há 23 anos no setor, sendo 18 com uma unidade no bairro Serraria, o empresário Clodoaldo Nascimento diz que se o cenário persistir, os panificadores em Alagoas devem voltar a atuar como os franceses no século passado. “De amanhã, no forno assando o pão. De tarde, no balcão vendendo”, explica. Ela conta que tal situação aconteceria após a demissão dos funcionários. Nascimento é presidente da Associação dos Panificadores do Estado de Alagoas (Apea). O empresário conta que a queda no faturamento varia de acordo com o perfil de cada empreendimento, e pode oscilar entre e 30% e 60%. “As 'padarias conceito'— que são as que oferecem café da manhã, almoço, jantar e outros itens que atendem ao cliente no seus momentos de compras— foram a que sofreram mais. Isso porque elas perderam clientela nesse serviço, já que a alimentação fora do lar caiu", ressalta. "Já as padarias que também atuam como conveniência sofreram menos, e a depender do bairro onde elas atuam, já eram fortes em itens de mercearia. As padarias que vendem água e gás também conseguiram elevar a venda, principalmente de água. Já as padarias que são somente padarias sofreram forte abalo no faturamento”, detalha.

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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