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Nº 5885
Economia Fecomércio usa dados do desemprego para tentar sensibilizar o governador de Alagoas

FECOMÉRCIO DE AL SE POSICIONA CONTRA LOCKDOWN NO ESTADO

Entidade propôs ao governo medidas para manter o setor produtivo alagoano em funcionamento

Por Jamylle Bezerra | Edição do dia 20/05/2020 - Matéria atualizada em 20/05/2020 às 06h00

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) protocolou ofício, nesta terça-feira (19), direcionado do governador Renan Filho, no qual propõe medidas para manter o setor produtivo alagoano em funcionamento. Preocupada com os impactos da paralisação das atividades em razão da pandemia do novo coronavírus, a entidade se posicionou contra o lockdown e listou uma série de medidas que poderiam ser adotadas para evitar o contágio e, ao mesmo tempo, não travar a economia. No documento, a entidade reforça que vem deliberando e propondo uma série de medidas para contribuir com a política local, nacional e internacional de enfrentamento da crise econômica, sempre na defesa da preservação de vidas. "Não podemos deixar de nos posicionar acerca da possibilidade de completa paralisação das atividades empresariais, mormente as de comércio e serviços", diz o documento, assinado pelo presidente, Gilton Lima, ao destacar os impactos econômicos da paralisação parcial "que já tem sido duramente amargados pelo setor produtivo, que representa, em sua maioria, micro e pequenos empresários. Falar em paralisação total significa condená-las ao encerramento das suas atividades, o que terá por consequência uma grave onda de desemprego e desequilíbrio econômico", ressalta. O ofício pontua os dados da PNAD contínua trimestral, divulgados no último dia 15, pelo IBGE, que destacam a elevação do desemprego trimestral, e os números da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, que apontam mais de 7 milhões de contratos suspensos ou que tiveram redução da carga horária. Em seguida, propõe medidas a serem adotadas com o intuito de manter o setor produtivo em funcionamento, mesmo que parcial, como: Determinar uma periodicidade de higiene das mãos (com água e sabão e/ou álcool 70%) aos funcionários a cada duas horas ou a cada contato com clientes ou outros funcionários, em especial, após utilização de maquinetas de cartão de crédito/débito; Fornecimento de EPIs adequados para a atividade exercida. Caso a atividade não possua protocolo específico, fornecimento de máscara; Instalação de barreiras de proteção física para contatos com cliente, em especial no momento dos pagamentos; Proibição de compartilhamentos de itens de uso pessoal entre os colegas de trabalho, como EPIs, fones, aparelhos de telefone, e outros, fornecendo esses materiais para cada trabalhador; Demarcação, com sinalização, da circulação interna, com fluxo determinado para a entrada e saída dos estabelecimentos; Proibição da entrada e circulação de clientes sem máscaras dentro dos estabelecimentos; Redução do fluxo e permanência de pessoas (clientes e colaboradores) dentro do estabelecimento para uma ocupação de 2m² por pessoa; Organização para operação dos elevadores com apenas 1/3 da sua capacidade oficial, sendo designado, sempre que necessário, um colaborador para organizar a fila e controlar o fluxo de pessoas, com a manutenção de distância mínima de dois metros entre elas; Disponibilização de lavatórios com dispensadores de sabonete líquido e papel toalha e/ou álcool em gel 70%, bem como nos banheiros; Controle de higienização frequente, pelo menos antes e após o uso, dos fones e aparelhos de telefone, mesas, cadeiras, teclados, mouses, computadores, maçanetas, torneiras, corrimãos, botões de elevador, barras de apoio e todas as demais superfícies com álcool líquido a 70%; Controle de higienização de pisos, balcões, bancadas e outras superfícies com desinfetantes a base de cloro; Controle de higienização dos sanitários existentes, com a intensificação da frequência e com a obrigatoriedade de utilização de EPIs apropriados pelos funcionários responsáveis pela limpeza (luva de borracha, avental, calça comprida, sapato fechado). Nesta terça-feira (19), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Arapiraca também se manifestou contra a possibilidade de lockdown em Alagoas. Segundo a entidade, a atitude afetaria e prejudicaria ainda mais o comércio, os empregos e as famílias. "Temos consciência de que o coronavírus é muito perigoso, mas muitas vidas também dependem do comércio", enfatiza a CDL, por meio de redes sociais. "Essa atitude irá provocar o falecimento de muitas empresas e empregos que ainda resistem nesse momento", completa.

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