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Nº 5693
Economia Localizada no Agreste de Alagoas, Arapiraca atrai consumidores de vários estados, segundo levantamento do IBGE
Duplicação da rodovia AL-110, entre os municípios de Arapiraca e São Sebastião. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

ARAPIRACA É A 16ª MELHOR CIDADE DO PAÍS PARA COMPRAS

Levantamento do IBGE mostra que com o isolamento social atual, houve mudanças no padrão geográfico de consumo no Brasil

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 22/05/2020 - Matéria atualizada em 22/05/2020 às 06h00

Arapiraca é décimo sexto melhor município do País para quem pretende comprar vestuários e calçados, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (21), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, que tomam como base o ano de 2018, o município alagoano localizado no Agreste do Estado aparece como o sexto melhor do Nordeste no segmento, atrás apenas de Caruaru, que aparece em primeiro lugar da região, Feira de Santana (2º), Santa Cruz do Capibaribe (3º), Toritama (4º) e Vitória da Conquista (5º). Localizada na região do Agreste - centro do Estado de Alagoas - Arapiraca acaba atraindo consumidores de pelo mês três estados nordestinos: Pernambuco, Sergipe e Bahia. A pesquisa do IBGE mostra que o deslocamento médio dos brasileiros que precisaram sair de seu município para comprar eletroeletrônicos e móveis foi de 73 km. Já para adquirir vestuário e calçados, essa média aumenta para 78 km. De acordo com a pesquisa, o atendimento às demandas das cidades afastadas dos grandes centros urbanos frequentemente é feito pela internet, mas há locais que atraem pessoas de distâncias maiores, por possuírem comércio diversificado de eletrônicos, por exemplo. Enquanto na região Norte, polarizada pelo município de Manaus (AM) e pelo arranjo populacional de Belém (PA), as distâncias a serem percorridas para aquisição de vestuário e calçados, em média, superam os 160 km, os deslocamentos nos estados do Sudeste e a maioria dos estados das regiões Sul e Nordeste ficam em torno de 50 km a 75 km. A exceção é Tocantins, que segue a média de 85 km a 95 km dos vizinhos Maranhão, Piauí e Bahia. A maior média de deslocamentos para compra de vestuário e calçados ocorre no Amazonas, com 342 km, quase exclusivamente em direção à capital. Já a menor ocorre em Santa Catarina, com média de 33 km, onde a profusão de centralidades intermediárias existentes (capitais regionais, centros sub-regionais e centros de zona). Os deslocamentos destinados ao arranjo populacional de Goiânia (GO), que polariza o maior número de municípios do país, apresenta uma média de 403 km.

Segundo o IBGE, com o isolamento social atual, houve mudanças no padrão geográfico de consumo por causa da redução da atividade comercial e de restrições de deslocamentos entre municípios. De acordo com o gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo, a pesquisa pode contribuir para fazer diagnósticos mais detalhados de impacto específico para essas cidades que funcionam como centros comerciais.

“As cidades que são destinos recorrentes para realização de compras dos itens investigados pela pesquisa podem sofrer redução de vendas específicas durante esse período de pandemia em razão de receberem menos consumidores do que o habitual”, explica. Entre os polos identificados como destino de compras de vestuário e calçados, destacaram-se também o arranjo populacional de Franca (SP), o município de Jaú (SP), o arranjo populacional de Brusque (SC), Tobias Barreto (SE), Santo Antônio de Jesus (BA), Cianorte (PR), Divinópolis (MG) e Santa Cruz do Capibaribe (PE).

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