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Nº 5693
Economia Em todo o País, as vendas de apartamentos novos cresceram no primeiro trimestre

VENDA DE IMÓVEIS RECUA 12,1% EM ALAGOAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Construtoras alagoanas zeram lançamento de imóveis em abril devido à crise do coronavírus

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 26/05/2020 - Matéria atualizada em 26/05/2020 às 06h00

A venda de imóveis novos em Maceió recuou 12,1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Segundo o levantamento, a queda foi provocada pelas incertezas no mercado por causa da pandemia de Covid-19. O estudo da CBIC mostra ainda que as construtoras alagoanas decidiram adiar o lançamento de unidades habitacionais em decorrência da pandemia. Em Maceió - principal polo da construção civil no estado - não houve lançamento no mês de abril, período em que o governo do estado decretou isolamento social e proibição de funcionamento das atividades consideradas não essenciais. O levantamento mostra ainda que a oferta final de imóveis em Maceió recuou 39,4% no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado. Mas as vendas no mês, segundo a CBIC, avançaram 8% em relação a abril de 2019. Em todo o País, as vendas de apartamentos novos cresceram no primeiro trimestre, mas, devido à pandemia de Covid-19, a construção civil reduziu os lançamentos. O Brasil registrou aumento de 26,7% nas vendas de apartamentos no comparativo entre o primeiro trimestre de 2020 e igual período de 2019. De acordo com a CBIC, o setor vinha em tendência de crescimento desde janeiro de 2018. Entretanto, acrescenta a entidade, as incertezas no mercado por causa da pandemia de Covid-19 levaram a uma queda de 14,8% nos lançamentos de unidades habitacionais (18.388 unidades) na comparação do primeiro trimestre deste ano contra o mesmo período de 2019. Para o presidente da CBIC, José Carlos Rodrigues Martins, a comparação anual mostra que 2020 seria o ano que consolidaria o crescimento do setor. “Estávamos em franca decolagem, seguindo o mesmo caminho trilhado desde 2018", ressalta ele, em nota. "No primeiro trimestre de 2020, em relação a 2019, tivemos um acréscimo de mais de 26% nas vendas. Mas apesar do setor já ter sentido os reflexos da pandemia a partir do mês do abril, acreditamos que a construção civil, por meio dos seus vários pilares, é que vai ajudar na retomada desse novo momento no Brasil".

REGIÕES

Segundo a CBIC, a maior queda no número de unidades lançadas foi observada na Região Nordeste (2.361 unidades), com 56,3% menos que no primeiro trimestre de 2019, seguida pelo Sul, com diferença de 29,1% (3.621 unidades). A Região Sudeste teve pequena variação negativa, de 2,4% (8.745 unidades). As exceções foram a Região Norte, que no primeiro trimestre de 2020 lançou 754 unidades, ou 183,5% mais que no mesmo período de 2019. Na Região Centro-Oeste, foram 2.907 lançamentos – alta de 57,4% no comparativo com janeiro, fevereiro e março do ano passado. O valor geral dos lançamentos (VGL) do primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 6,3 bilhões e caiu 9,65% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e 76% em relação ao quarto trimestre de 2020. O índice representa a soma do valor potencial das vendas de todas as unidades que compõem os empreendimentos lançados. No Sudeste, foram vendidas 18.443 unidades no primeiro trimestre, ou 39% mais imóveis verticais que no mesmo período de 2019. No Norte, foram vendidas 868 unidades (27,8%), e no Nordeste, 7.311 (21,3%). No Sul, foram vendidos 5.454 apartamentos (12%) e no Centro Oeste, 2.335 (0,7%). O valor geral de venda (VGV) do primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 12,66 bilhões, crescimento de 15,14% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e queda de 32,1% em relação ao quarto trimestre de 2019. O VGV é a soma de valor potencial de venda de todas as unidades que compõem os empreendimentos imobiliários. A representatividade do programa habitacional Minha Casa Minha Vida sobre o total de lançamentos, no período foi de 57%. Sobre o total de vendas, essa participação ficou em 55,6%. Além do levantamento, a CBIC também apresentou uma avaliação preliminar dos efeitos da crise, mostrando que 79% das construtoras pretendem adiar lançamentos previstos para os próximos meses. Os dois estudos foram realizados em parceria com a empresa Brain Inteligência Estratégica. As informações são da Agência Brasil.

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