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Nº 5693
Economia Apesar de este mês o preço da gasolina vendida nas refinarias acumular 4 altas, o valor nas bomas de AL recuaram

PREÇO DA GASOLINA VENDIDA EM ALAGOAS ACUMULA QUEDA DE 7%

Em maio, o valor médio do litro nos postos alagoanos recuou de R$ 4,106 para R$ 3,825, aponta levantamento divulgado pela ANP

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 27/05/2020 - Matéria atualizada em 27/05/2020 às 06h00

O preço médio da gasolina vendida nos postos alagoanos recuou 7% em maio, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (26), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o levantamento - realizado em 57 postos do Estado - o valor médio do livro do combustível derivado do petróleo saiu de R$ 4,106 no início do mês, para R$ 3,825 registrado na semana passada. Na comparação com a semana anterior, o preço médio da gasolina recuou 1,6% - de R$ 3,888 para R$ 3,825, segundo o levantamento da ANP. Vale destacar que o recuo nessa base de comparação foi medido na semana em que a Petrobras anunciou novo reajuste para o combustível. Na quinta-feira (21), a companhia reajustou o preço da gasolina em 12% nas distribuidoras. Segundo revendedores consultados pela reportagem, no entanto, muitas vezes o aumento não incide na bomba na mesma semana do reajuste devido ao estoque dos postos. Nesta terça-feira (26), a Petrobras anunciou novo reajuste, desta vez de 5% para a gasolina, e de 7% para o diesel. O aumento passa a ver a partir desta quarta-feira. É o quarto aumento registrados em maio. A companhia justifica o reajuste de hoje diante de um cenário de alta para o preço do petróleo pela expectativa de avanços na descoberta de uma vacina para o novo coronavírus. Os preços são referentes ao valor vendido para as distribuidoras a partir das refinarias. O valor final ao motorista dependerá do mercado, já que cada posto tem sua própria política de preços, sobre os quais incidem impostos, custos operacionais e de mão de obra. “Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, explica, em nota, a estatal. Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. “Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis”, disse a companhia, segundo informações da Agência Brasil. Apesar das consecutivas altas de maio, o preço médio da gasolina recuou 0,13% na semana passada, no país, atingindo R$ 3,803. Especialistas afirmam que a retração nas bombas acontece devido aos efeitos da crise da Covid-19. Com a necessidade do isolamento social, o índice de reabastecimento vem sendo reduzido consideravelmente e desse modo os proprietários dos postos estão acumulando os produtos em seus estabelecimentos.

ETANOL

De acordo com o levantamento da ANP, o preço do etanol hidratado comercializado nos postos alagoanos recuou 4,6% em maio, saindo de R$ 3,462 na primeira semana do mês, para R$ 3,300 na semana passada. Na comparação com a semana anterior, o preço do produto ficou estável. Apesar da retração no preço do combustível derivado de cana-de-açúcar, abastecer o veículo com etanol ainda não é vantajoso em relação à gasolina. Para saber quando o combustível é vantajoso, basta dividir o preço do litro do álcool pelo preço do litro da gasolina. Se o resultado for menor que 0,7, abastecer com álcool é a opção mais econômica. Se for maior, a gasolina é mais vantajosa. No caso de Alagoas, o resultado deu 0,86.

A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

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