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Nº 5699
Economia Decreto do governo do Estado fechou atividades consideradas não essenciais em AL

PANDEMIA FAZ MACEIÓ FECHAR 3.608 POSTOS DE TRABALHO EM ABRIL

Foi o maior fechamento de postos de trabalho com carteira assinada entre os municípios alagoanos, segundo dados do Caged

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 02/06/2020 - Matéria atualizada em 02/06/2020 às 06h00

Epicentro da Covid-19 em Alagoas com 6.097 casos confirmados da doença, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde divulgado nesta segunda-feira (1), Maceió sentiu o peso das medidas de isolamento social decretado pelo governo do Estado. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério da Economia, a capital alagoana fechou 3.608 postos de trabalho com carteira assinada em abril, uma retração de 1,90 em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o maior fechamento de postos de trabalho entre os municípios alagoanos, segundo o Caged. Em março - mês em que o governo anunciou o primeiro decreto de isolamento -, o município já tinha registrado o fechamento de 686 postos formais de trabalho.

Em janeiro, quando Alagoas ainda não tinha registrado nenhum caso do novo coronavírus, o estoque do emprego formal em Maceió era de 190.293 vagas com carteira assinada. Em fevereiro, o município havia registrado a criação de 972 vagas formais - uma alta de 0,51% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na esteira do fechamento de vagas, Coruripe aparece em segundo lugar, com a extinção de 1.581 postos formais de trabalho. O município - localizado no litoral Norte de Alagoas, é o décimo terceiro em incidência da Covid-19, com 126 casos. A lista de fechamento de postos de trabalho segue com Arapiraca, que extinguiu 491 vagas - o município registrou nesta segunda-feira 418 casos de Covid-19, o segundo maior número, atrás apenas da capital -, Marechal Deodoro, com o fechamento de 289 postos de trabalho - o município tem o terceiro maior registro da doença, com 300 casos - e São Miguel dos Campos, com a eliminação de 281 vagas formais. Segundo o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o resultado reflete os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia brasileira. “É um número duro, que reflete a realidade de pandemia que vivemos, mas que traz algo positivo. Demostra que o Brasil está conseguindo preservar emprego e renda”, disse. No entanto, ele acrescenta que pelos mesmos motivos de pandemia, “não estamos conseguindo manter a contratação que mantínhamos outrora”. Em março, mês de início das medidas de isolamento social devido à pandemia da Covid-19, o saldo de emprego formal ficou negativo de 207.401 em todo o País.. Foram 1.316.655 admissões e 1.524.056 desligamentos. De janeiro a abril de 2020 foram 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões no país, com resultado negativo de 763.232. As admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no período, comparado ao primeiro quadrimestre de 2019. O salário médio real de admissão no Brasil passou de R$ 1.496,92 em abril de 2019 para R$ 1.814,62 no mês passado. As informações são da Agência Brasil.

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