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Economia A Pnad Covid-19 revela que o Estado registrou uma taxa de desocupação de 12,7%

ALAGOAS TEM A PIOR TAXA DE OCUPAÇÃO DO PAÍS EM MAIO, DIZ IBGE

Estado ainda registrou a 4ª maior do País, atrás apenas do Amapá, que encabeça o ranking com 15,8%, Bahia (14,2%) e Acre (12,8%)

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 25/06/2020 - Matéria atualizada em 25/06/2020 às 06h00

Afetado pela epidemia de Covid-19, que forçou o governo do Estado a decretar isolamento social e o fechamento de setores da economia considerados não essenciais, Alagoas registrou a menor taxa de ocupação do País em maio, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid-19 (Pnad Covid-19), a taxa de ocupação no Estado atingiu 37,3%. Em números absolutos, representa 965 mil trabalhadores que estavam ocupados em maio. Além disso, a Pnad Covid-19 revela que o Estado registrou uma taxa de desocupação de 12,7% - a quarta maior do País, atrás apenas do Amapá, que encabeça o ranking do desemprego com 15,8%, Bahia (14,2%) e Acre (12,8%). A Pnad Covid-19 é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil. O levantamento mostrou, por exemplo, que do total de pessoas ocupadas em Alagoas, 425 mil estavam na informalidade, correspondendo a uma taxa de informalidade de 43,8% no mercado de trabalho - a décima maior taxa do País. O Amapá lidera o ranking da informalidade, com uma taxa de 52,5%, seguido do Pará (51%), Maranhão (50,6%), Amazonas (49%) e Bahia (48%). Já os maiores índices foram registrados em Santa Catarina (20,9%), Rio Grande do Sul (27,9%), Paraná (27,9), Distrito Federal (28,3%) e São Paulo (28,3%). Segundo o IBGE, em maio, a Pnad Covid-19 estimou que o país tinha 160,9 milhões com 14 anos ou mais de idade, a chamada população em idade de trabalhar. A população na força de trabalho eram 94,5 milhões, dos quais 84,4 milhões eram ocupados e 10,1 milhões desocupados. A população fora da força de trabalho somava 75,4 milhões de pessoas. As mulheres eram maioria na população residente (51,1%) e na população em idade de trabalhar (51,6%), mas não na força de trabalho (43,5%). Entre os ocupados, as mulheres representavam 42,8% e, entre os desocupados, 49,5%. O total de desocupados ficou em 10,1 milhões de pessoas e a taxa de desocupação chegou a 10,7%. As taxas das regiões foram: Centro-Oeste (11,4%) Nordeste (11,2%), Norte (11,0%), Sudeste (10,9%) e Sul (8,9%). A taxa de desocupação entre as mulheres (12,2%) foi maior que a dos homens (9,6%). Entre as categorias de ocupação investigadas pela pesquisa, os maiores percentuais de pessoas afastadas devido à pandemia estavam entre os trabalhadores domésticos sem carteira (33,6%), os empregados do setor público sem carteira (29,8%) e os empregados do setor privado sem carteira (22,9%). Em relação aos grupamentos de atividade, o da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou o menor percentual de pessoas afastadas (6,8%), enquanto Outros serviços (37,8%), Serviço doméstico (28,9%) e Alojamento e alimentação (28,5%) tiveram maior proporção de pessoas afastadas do trabalho. Cerca de 77,5% do total de ocupados (ou 65,4 milhões) não estavam afastados do trabalho. Entre os não afastados, 8,7 milhões trabalhavam de forma remota (home office), o equivalente a 13,3% da população ocupada que não estava afastada. O percentual de mulheres trabalhando remotamente (17,9%) superou o dos homens (10,3%). Entre as pessoas com nível superior completo ou pós-graduação, 38,3% estavam trabalhando remotamente. Os percentuais foram muito baixos entre os sem instrução ou com fundamental incompleto (0,6%), bem como para o nível fundamental completo e médio incompleto (1,7%). Para aqueles com médio completo e superior incompleto o percentual ficou em 7,9%.

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