app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Economia

Libera��o da gasolina n�o interfere nos pre�os

FÁBIA ASSUMPÇÃO O presidente do Sindicato dos Revendedores dos Combustíveis em Alagoas, Mário Jorge Uchôa, garante que a liberação da importação da gasolina refinada no exterior não vai provocar nenhuma redução no preço dos combustíveis nas bombas dos po

Por | Edição do dia 31/03/2002 - Matéria atualizada em 31/03/2002 às 00h00

FÁBIA ASSUMPÇÃO O presidente do Sindicato dos Revendedores dos Combustíveis em Alagoas, Mário Jorge Uchôa, garante que a liberação da importação da gasolina refinada no exterior não vai provocar nenhuma redução no preço dos combustíveis nas bombas dos postos. Segundo ele, a redução do preço da gasolina só aconteceria, de fato, se o governo permitisse aos postos comprar o combustível a qualquer distribuidora. Hoje, os postos só podem comprar gasolina às distribuidoras das bandeiras com as quais têm contrato. “Para garantir a livre concorrência, o que deveria acabar era a exclusividade das bandeiras”, defende Uchôa. Ele reforça essa argumentação, exemplificando a diferença de preço entre o preço do litro da gasolina comercializado entre a BR-Distribuidora – subsidiária da Petrobras – que é R$ 1,24, enquanto na distribuidora Texaco é vendida por R$ 1,298. “Só que o posto com bandeira Texaco, não pode comprar gasolina da BR-Distribuidora”. Segundo ele, as distribuidoras pequenas vendem o litro da gasolina por R$ 1,24, mas existe uma reserva de mercado para as grandes distribuidoras, e quem fiscaliza o setor é o governo, através da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Hoje o mercado brasileiro é formado por cinco grandes distribuidoras, denominadas “Cinco Irmãs”: BR-Distribuidora, Shell, Esso, Texaco e Ipiranga. O presidente do Sindicombustível afirma que o cartel atribuído hoje aos donos dos postos, em verdade, quem faz são as grandes distribuidoras. Uchôa observa ainda que a Petrobras acompanha a oscilação do preço no mercado internacional. Ele afirma que prova disso é o novo aumento da gasolina anunciado pelo governo, que passa vigorar essa semana. No início do ano, o presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou, com grande estardalhaço, que a gasolina teria uma redução de 20%. Em Alagoas, essa redução atingiu apenas 17%, com os donos dos postos – segundo o Sindicombustíveis – tendo que reduzir 2% de sua margem de lucro. “A Fecombustíveis mostrou que a Petrobras só baixou o preço do litro da gasolina em 16%. Isso quer dizer que a própria empresa do governo não reduziu em 20% o preço do combustível”.

Mais matérias
desta edição