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Nº 5811
Economia

Ceal nega risco de nova crise energ�tica

FERNANDA MEDEIROS O presidente da Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Nenoí Pinto, não crê na possibilidade de haver nova crise no setor energético, por causa do atraso na construção das térmicas movidas a gás, cujos projetos foram apresentados à p

Por | Edição do dia 31/03/2002 - Matéria atualizada em 31/03/2002 às 00h00

FERNANDA MEDEIROS O presidente da Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Nenoí Pinto, não crê na possibilidade de haver nova crise no setor energético, por causa do atraso na construção das térmicas movidas a gás, cujos projetos foram apresentados à população como a grande redenção do Brasil, para afastar o perigo de ocorrerem novos problemas energéticos que obriguem o brasileiro a ter de enfrentar o racionamento ou os apagões. Das 49 usinas previstas inicialmente no chamado Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) de 1998, apenas uma está operando normalmente. Muitos projetos estão parados e caso eles não saiam do papel, o País pode amargar novos problemas de abastecimento de energia elétrica. Nenoí Pinto afirma que não há perigo de nova crise no setor energético, por causa das térmicas e das linhas de transmissão a gás, que vão do Centro-Oeste para o Nordeste e do Norte também para a Região Nor-deste. “Dos Estados do Nordeste, apenas Alagoas ainda não definiu o contrato de quem irá comprar a energia, para podermos dar início às obras de uma termelétrica na subestação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) situada no município de Messias, a 35km de Maceió”, afirmou. “É mais uma questão de burocracia do que o fato de o projeto estar parado. Acredito que até o fim do mês de abril já tenhamos uma definição sobre a construção da usina”, declarou, acrescentando que os Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará já têm suas situações definidas sobre a instalação dessas usinas. Segundo ele, está sendo discutida a possibilidade de uma parte da energia ser comprada pela Ceal, outra pela Petrobras e outra pela Chesf, mas o processo ainda encontra-se na Eletrobras, onde será feito um estudo de viabilidade técnica do valor da energia. A energia térmica é mais cara do que a hídrica, que depende da chuva. Além disso, a hídrica é mais limpa. Porém, segundo o presidente da Ceal, a energia térmica faz parte de um planejamento estratégico do governo federal. “Hoje, a energia a gás está mais barata. Mas, se daqui a dois anos, por exemplo, acontecer o fenômeno chamado El Niño, como será? Com certeza, a energia hídrica estará mais cara do que a energia a gás. Por isso, é necessário construir as térmicas movidas a gás”, considerou. Ele revelou que se o contrato for mesmo definido no fim de abril, as obras de construção da termelétrica de Messias devem ser iniciadas em junho. “Assim sendo, estimamos que em dezembro de 2003 ela já esteja pronta para operar”, salientou, destacando que a termelétrica corresponderá a 35% de energia da Ceal. “Atualmente, a nossa energia é toda da Chesf”, salientou. No Estado, quatro termelétricas estão sendo construídas como mais uma alternativa de abastecimento de energia. Essas termas ficarão de reserva por quatro anos e serão desativadas, em 2005, pois só estão sendo instaladas para o caso de haver alguma emergência no setor. Por causa disso, inclusive, a conta de energia elétrica do consumidor alagoano já foi acrescida em cerca de 2%, recurso que o governo utilizará para pagar o seguro dessas usinas que também fazem parte do plano estratégico do governo. As quatro termelétricas estão sendo construídas no Pólo Cloroquímico, em Rio Largo, em Periperi (Teotônio Vilela) e em Penedo.

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