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CONSUMO DAS FAMÍLIAS RECUA QUASE 12% EM MACEIÓ, DIZ PESQUISA

De acordo com levantamento da Fecomércio, a queda em relação ao mês anterior foi de 3,2% - a terceira consecutiva este ano

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Fecomércio acredita que queda é devido a uso do auxílio emergencial para quitar contas
Fecomércio acredita que queda é devido a uso do auxílio emergencial para quitar contas -

O consumo das famílias de Maceió registrou retração de 11,95% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a pesquisa de Intenção de de Consumo das Famílias (ICF) divulgada nesta quinta-feira (23), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL). De acordo com levantamento, a queda em relação ao mês anterior foi de 3,2% - a terceira consecutiva este ano.

A Fecomércio acredita que a queda é devido ao uso do auxílio emergencial para quitar contas, em vez de consumo. Segundo o assessor econômico da entidade, Felippe Rocha, os recursos do benefício do governo - que já injetou mais de R$ 195 milhões na capital - estão sendo utilizados para a aquisição de alimentos, materiais de higiene e outras questões mais imediatas do que a compra de bens duráveis e semiduráveis.

De acordo com o economista, para se compreender essas quedas deve-se analisar subindicadores que indicam a segurança do consumidor e determinam o consumo. “Em junho, ocorreu elevação em 0,3% na confiança do cidadão em manter seu emprego atual. Isso ocorreu por conta da Medida Provisória (MP) 936, que permitiu a redução da jornada de trabalho ou a suspensão de contrato com a devida compensação dos salários até o limite do valor do seguro desemprego, salvando muitos postos de trabalho”, avalia Felippe.

Até o dia 2 de julho, mais de 11,7 milhões de contratos de trabalho no país foram alterados para essa modalidade. Apesar do aumento na confiança com o emprego, as perspectivas profissionais para o restante do ano caíram 3,1%, indicando que poucos maceioenses acreditam encontrar um emprego melhor ou conseguir um aumento este ano. “Isso porque as incertezas ainda são enormes quanto a duração da pandemia e da melhora do ambiente de negócios. A MP 936 e o Auxílio Emergencial foram insuficientes para manter a renda”, avalia o economista. De acordo com ele, na aplicação da medida provisória em salários acima de R$ 2.015, reduzindo 30%, 50% ou 70%, estes apresentam perdas de 13% a 17%, mesmo com a compensação paga pelo governo. Já o Auxílio Emergencial, que de certa forma trouxe alento a desempregados, autônomos e profissionais liberais, injetou uma média de R$ 730 por pessoa (isso porque, em alguns casos, o valor foi de R$ 1.200). Contudo, em Maceió, a renda média de autônomos e profissionais liberais é de mais de R$ 1.133, ou seja, embora tenha dado fôlego, a renda foi menor do que de costume.

* Com informações da assessoria

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