Pandemia
REAQUECIMENTO SÓ DEVERÁ ACONTECER NO PRÓXIMO ANO
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O presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Júnior, espera que a retomada da economia que fique dentro da expectativa que eles fazem para o ano inteiro só aconteça no fim do ano e começo de 2021. “A gente espera que essa retomada, que não vai ser imediata, vai ser gradativa, a gente acredita que até novembro, dezembro, janeiro, ela aconteça”. Todavia, pessoalmente, o presidente tem opinião mais cética do que o grupo como um todo. “Acho difícil. Muita gente está com receio de comprar, muita gente parcelou dívida, tá com compromisso com os bancos. Este pessoa não voltou às compras com a expectativa que a gente queria, mas era esperado que não ia haver um boom de vendas”, revela.
O empresário conta que, além da pandemia, a alta do dólar influenciou negativamente os negócios. “Em alguns ramos de atividade houve reajuste principalmente em produtos que dependem do dólar. Isso faz com que chegue um ponto que você tem que reajustar”, contou.
Até junho passado o consumo das famílias maceioenses estava em queda, precisamente 3,2%, aferidos na pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pela Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL). O que acontece é que as pessoas estão pagando dívidas e comprando comida. Esta é a conclusão a qual chegou Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio-AL. “Esse resultado reflete o uso do auxílio emergencial, que já injetou mais de R$ 195 milhões na capital. Os recursos estão sendo utilizados para a aquisição de alimentos, materiais de higiene e outras questões mais imediatas do que a compra de bens duráveis e semiduráveis. Isso explica o aumento do endividamento com queda do atraso das contas e da inadimplência”, afirma. .
Segundo Rocha, as perspectivas profissionais para o restante do ano caíram 3,1%, indicando que poucos maceioenses acreditam encontrar um emprego melhor ou conseguir um aumento este ano.
* Sob supervisão da editoria de Economia