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MERCADO DE TRABALHO DEVE SE RECUPERAR EM DEZEMBRO, DIZ ROCHA

Economista diz que os primeiros três meses após o fim do isolamento social servirão de termômetro para economia local

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Alagoas fechou quase 29 mil empregos no primeiro semestre deste ano, segundo o IBGE
Alagoas fechou quase 29 mil empregos no primeiro semestre deste ano, segundo o IBGE -

O mercado de trabalho em Alagoas deve começar a dar sinais de recuperação ainda em dezembro deste ano. Esta é a avaliação do economista Felippe Rocha. De acordo com ele, as perspectivas são bastante positivas para o segundo semestre, “pois sempre foi natural a recuperação da atividade econômica e dos postos de trabalho nesse período, já que a indústria sucroalcooleira volta a empregar e a renda gerada permite maior consumo, estimulando postos de trabalho pelo estado”, explica. Além disso, o especialista conta que como a flexibilização do isolamento social ocorre justamente nesse momento, pode-se esperar a criação de empregos mesmo que temporário. Todavia, o especialista pondera que tudo dependerá da reação do mercado. “Os primeiros três meses após o fim do isolamento social servirão de termômetro. Os primeiros indicadores mostram que o comércio, serviços e indústria voltaram a crescer, mas isso comparado há meses praticamente sem atividade. Ainda quando comparado aos mesmos meses do ano passado, a depressão é forte”, pontua. Ele diz acreditar que diante dos dados de junho e julho, que monitoram a atividade econômica, o desemprego diminua levemente até dezembro e comece a apresentar melhora ao longo de 2021. O economista lembra que o cenário atual do mercado de trabalho em Alagoas é ruim. “O desemprego vem aumentando mês a mês somente no primeiro semestre deste ano, Alagoas já contabiliza uma perda de quase 29 mil empregos, sendo um pouco mais de 6.800 postos de trabalhos perdidos no setor de comércio e serviços”, destaca. Segundo Felippe Rocha, o auxílio emergencial do governo federal serviu para amenizar a situação de quem ficou desempregado, dos autônomos e de outros profissionais que trabalham por conta própria. “A MP 936, que permitiu a redução da carga horária e de salário com contrapartida de compensação salarial pelo governo federal não foi o suficiente para evitar o desemprego. Muitas empresas fecharam mesmo com o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), que surgiu muito tardiamente, já que o governo notou depois de alguns meses que a redução do compulsório aos bancos não serviu para criar liquidez e aumentar empréstimos para os empresários que mais precisam e mais empregam que são aqueles que se configuram como Micro e pequenas empresas”, avalia. Segundo Rocha, certamente não há represamento da taxa de desemprego por conta do auxílio. “Quem perdeu emprego busca, mas não encontra no mercado, não que os empresários não precisem, mas porque ainda não sabem a reação da economia e evitam aumentar custos”, explica.

Felippe Rocha pontua que o primeiro semestre em Alagoas amarga uma redução de 28.766 empregos, sendo 20.630 perdidos no setor da indústria de transformação. “Como é sabido, o primeiro semestre para esse segmento é pautado por inúmeras demissões de contratos temporários da produção sucroalcooleira. Se observar apenas os demais segmentos, percebemos uma redução de 8.136. Apenas a construção civil conseguiu gerar postos de trabalho no semestre, cerca de 335 empregos”, detalha.

Dados divulgados na sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de desempregados no Brasil diante da Pandemia do coronavírus teve alta de 31% em 12 semanas, o que corresponde a um aumento de cerca de 3,1 milhões de brasileiros sem trabalho no país no período. De acordo com a pesquisa, na penúltima semana de julho havia 12,9 milhões de desempregados no país, 550 mil a mais que na semana anterior, quando esse contingente somava cerca de 12,3 milhões - uma alta de 4%.

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