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EVENTO ONLINE DISCUTE CADEIA DO MEL EM ALAGOAS
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Com uma produção aproximada de dez toneladas de mel por ano, o setor de apicultura em Alagoas ainda tem muito o que explorar. Pelo menos é o que acredita o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Alagoas, que promoveu nesta quarta-feira (26), por meio do canal da instituição no Youtube, o webinar “Por dentro das colmeias: possibilidades, mercado e requisitos para a atividade apícola”. Entre os convidados para o webinar estavam Sérgio Viana, gerente-geral da Cooperativa COMAPI; Jatyr Oliveira, CEO da empresa Beeva; Serginho Jucá, chef e proprietário do Restaurante Sur, finalista do reality show Mestre do Sabor, e Luane Nicodem, analista comercial na empresa PariPassu. O comércio de mel, própolis e seus derivados foi o tema central do encontro virtual. De acordo com a analista do Sebrae em Alagoas, Pollyanna Belotti, o público foi contemplado por informações atuais e conectadas com o mercado, alinhadas ao conhecimento dos melhores especialistas na área da apicultura considerando toda cadeia de valor e produtiva deste segmento. Belotti conta que há vários empreendedores neste segmento em Alagoas, como associações, cooperativas, empresas privadas e apicultores da agricultura familiar. De acordo com ela, a produção anual é de aproximadamente dez toneladas e uma média de 315 kg por apicultor. “Em um ano que não se teve safra em virtude da escassez de chuvas e conseqüentemente de floradas melíferas, quando o ambiente não é favorável, se produz apenas 868 kg e uma média de 72 kg/apicultor”, explica. Segundo a analista, os maiores concorrentes do produto alagoanos são os produzidos no estados de Pernambuco, Piauí , Ceará e no Sul. “O mercado de mel tem crescido devido à enorme procura da sociedade por produtos naturais e saudáveis, em prol da melhoria da qualidade de vida. E no plano internacional, a demanda por mel brasileiro tem aumentado, também, porque o país produz um mel diferenciado, rico em cores e aromas”, relata. Em Alagoas, de acordo com o Sebrae, houve um aumento na produção e no consumo de mel e de própolis durante a pandemia. Com um período de chuvas atípico no Estado este ano, as floradas cresceram significativamente no Sertão, incrementando o potencial produtivo para a atividade e fazendo a produtividade crescer bastante. Diante desse cenário e da importância de potencializar a atividade apícola, foram abordados neste webinar a produção de derivados da apicultura, com foco na experiência da Cooperativa Comapi; oportunidades e caminhos para atuação nesse mercado; e requisitos para a prática no que tange à legislação, qualidade e rastreabilidade dos produtos. Pollyannna Belotti conta que dessa atividade pode-se extrair o mel, a própolis, o pólen, a geléia real, a cera e apitoxina. Mas, de todos os produtos da colméia, o mel é o mais conhecido e comercializado no mercado nacional e internacional. De acordo com ela, a atividade apícola em Alagoas ocorre há aproximadamente 20 anos trabalhada pelo Sebrae Alagoas e possui grupos organizados através de associações e cooperativas. “Acredita-se que esta atividade pode contribuir na melhoria das condições de vida dos pequenos produtores rurais, porque é uma atividade economicamente rentável, socialmente justa e ecologicamente correta”, argumenta. Belotti detalha que Alagoas possui um potencial produtivo para produção da própolis vermelha na região do litoral, e no sertão, além do mel de sabor exclusivo através de vegetações melíferas específicas do bioma caatinga e de característica endêmica e orgânica.
* Sob supervisão da editoria de Economia.