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Economia

CONSTRUÇÃO CIVIL QUER DESONERAR PREÇO DE MATERIAIS

Setor cobra do governo federal redução de alíquota a exemplo da que foi dada para produtos como o arroz, que teve preço em alta

Por Nealdo | Edição do dia 16/09/2020 - Matéria atualizada em 17/09/2020 às 07h34

Depois que o governo federal anunciou a redução da alíquota de importação do arroz para tentar conter a alta dos preços, o setor da construção civil no Brasil também se mobiliza em busca de apoio. Na segunda-feira (14), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) entregou um documento à Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia apontando causas e consequências dos aumentos de matéria prima para o setor e suas consequências. Eles denunciam que foi "criado um desequilíbrio artificial" durante a pandemia de Covid-19. Com base em dados coletados por meio de cotações e declarações de acionistas por parte de de grandes indústrias - uma delas produtora de cimento - em que o setor afirma possuir 45% de capacidade ociosa e que está aproveitando para recuperar preços, a entidade afirma que isso trará como consequência para o mercado da construção desemprego e até mesmo aumento de custo das obras públicas. "Estamos atravessando uma onda desenfreada de aumentos. Isso deve gerar uma onda de inflação, uma tendência que teremos que repassar para os imóveis. E não somente os caros, mas também os populares. Nós estamos cobrando do governo federal que abra importação para todos os produtos para o setor da construção, como cimento, aço, fios de cobre, entre outros, nos mesmos moldes que o governo fez com os alimentos, baixando as alíquotas de importação", disse o presidente do Sindicato da Construção Civil em Alagoas, Alfredo Brêda, que também é conselheiro da CBIC. O mais grave, conforme já identificou o setor, é que houve interrupção da produção e consequentemente, no caso de Alagoas e outros estados, vai implicar no valor de estoque de imóveis novos, com repercussões até o próximo ano. "Conversamos com todos os setores mas não concordando com a redução de preços usando como argumento a pandemia. Mas sabemos que não é verdade porque poderiam estar produzindo mais e ao invés disso seguraram a produção e geraram o aumento de preço", completou Brêda. O setor espera que os preços voltem à normalidade porque os impactos na cadeia econômica por tabela chegará ao consumidor e se houver retração, naturalmente, irá afetar os negócios de compra e venda. “Já passamos do limite, mas vamos tentar segurar os preços até outubro e facilitar a compra de imóveis pelo consumidor que é o mais importante", defendeu o presidente do Sinduscom. Brêda lembrou ainda que as indenizações pagas pela Braskem fará naturalmente com que as pessoas procurem imóveis novos. O detalhe, porém, é que não haverá imóveis suficientes, pois no momento só existem disponíveis 3.000 e 3.500 imóveis de estoque para atender também novos consumidores que se casam ou separam e buscam a casa própria. Por outro lado, somente no que se refere aos moradores dos bairros afetados serão necessários pelo menos 6 mil imóveis.

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