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Economia

MAIS DE 2 MILHÕES DE ALAGOANOS VIVEM EM INSEGURANÇA ALIMENTAR

Desse total, cerca de 282 mil vivem em situação de insegurança alimentar considerada grave, aponta levantamento do IBGE

Por JAMYLLE BEZERRA REPÓRTER | Edição do dia 18/09/2020 - Matéria atualizada em 18/09/2020 às 06h00

Quase 70% da população de Alagoas mora em domicílios que apresentam situação de insegurança alimentar. É o que revelou uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que foi divulgada nessa quinta-feira (17). O percentual é de 60,8%, o que, em números absolutos, corresponde a pouco mais de dois milhões de pessoas. Desse total, cerca de 282 mil vivem em situação de insegurança alimentar considerada grave. Os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) - Análise da Segurança Alimentar. Os resultados são referentes aos anos de 2017 e 2018, período no qual os entrevistadores estiveram em campo aplicando o questionário. Desse total de dois milhões, 38,5% (1,2 milhão) residem em domicílios com insegurança alimentar leve; 13,7% (455 mil) em domicílios com insegurança alimentar moderada e 8,5% (282 mil) em lares em situação de insegurança alimentar grave. No Nordeste, cuja média observada foi de 54,2%, só o Maranhão (68,2%) tem mais moradores em domicílios em situação de insegurança alimentar. No Brasil, 41% da população vive em domicílios com algum grau de insegurança alimentar. Alagoas é o 6º no país com o maior percentual de pessoas nessa situação. Antes, estão Maranhão, Acre (61,5%), Amapá (65,4%), Pará (66,6%) e Amazonas (71%). A pesquisa segue os critérios da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Desse modo, a segurança alimentar ocorre quando a família/domicílio tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. No outro lado da ponta, a insegurança alimentar grave significa que os moradores passaram por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à fome, em algum momento entre 2017 e 2018.

CLASSIFICAÇÃO

Um domicílio é classificado com insegurança leve quando aparece preocupação com acesso aos alimentos no futuro e a qualidade da alimentação já está comprometida. Nesse contexto, os moradores já assumem estratégias para manter uma quantidade mínima de alimentos disponíveis. Trocar um alimento por outro que esteja mais barato, por exemplo. No segundo nível, de insegurança moderada, os moradores já têm uma quantidade restrita de alimentos.

MAIS DA METADE

Sob a ótica dos domicílios, também analisada na pesquisa, os dados indicaram que 56,7% (582 mil) dos lares em Alagoas estavam em situação de insegurança alimentar. Do total de 1,028 milhão, 43,3% (445 mil) tinham segurança alimentar.

Em relação ao grau, 35,2% (362 mil) dos domicílios figuravam com insegurança alimentar leve; 13,8% (142 mil) estavam com insegurança alimentar moderada e 7,7% (79 mil) dos lares com insegurança alimentar grave.

No Brasil, Acre (58,7%), Amapá (59,4%), Pará (61,2%), Amazonas (65,5%) e Maranhão (66,2%) tinham proporcionalmente mais domicílios em condição de insegurança alimentar.

Mais de de 60% da população alagoana vivem em condições de insegurança alimentar
Mais de de 60% da população alagoana vivem em condições de insegurança alimentar - Foto: © Ailton Cruz
 



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