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Com a alta do petr�leo, pre�o da gasolina pode voltar a subir

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Rio - A disparada do preço do petróleo no mercado internacional pode provocar novo reajuste no preço da gasolina no Brasil. Desde o último aumento, no dia 16 de março, o preço da gasolina no mercado norte-americano subiu cerca de 6% em reais. A tendência, segundo especialistas, é que a trajetória de alta continue, o que forçaria a Petrobras a promover novos reajustes. “Se o preço do petróleo continuar em torno de US$ 26 por barril, pode vir um novo aumento da gasolina”, alerta o professor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Estudos em Infra-Estrutura (CBIE). A Petrobras já promoveu dois reajustes este ano, um de 2,2% e outro de 9,39%, sempre motivados pela alta do preço da gasolina no mercado internacional. Segundo a fórmula divulgada pela empresa para reajustes no preço do diesel, a cada 15 dias a empresa promoverá reajustes sempre que a variação do mercado externo passar de 5%. A empresa não informou se a mesma metodologia será usada para a gasolina. Na semana passada, o diretor de Abastecimento da estatal, Rogério Manso, disse que não havia nenhum aumento previsto, “pelo menos” naquela semana. Segundo ele, a companhia teria de avaliar a evolução do mercado para definir novos reajustes. Além de acompanhar a alta da cotação do petróleo, o preço da gasolina nos Estados Unidos (um dos parâmetros usados para definir o preço do combustível no Brasil) sofre uma pressão sazonal, relacionada à proximidade do verão norte-americano, e é puxado também pelas perspectivas de reaquecimento da economia do país. “O consumo de gasolina cresce muito no verão americano, com as viagens de férias”, diz o trader Gabriel Kropsch, da Tramp Oil. Na quinta-feira passada, antes do feriado da Semana Santa, o galão de gasolina (medida norte-americana que representa 3,785 litros) era vendido em Nova York a US$ 0,7875, cerca de 6,5% acima da cotação do dia 15 de março, véspera do último aumento concedido pela Petrobras. Considerando uma ligeira queda da cotação do dólar no Brasil, a alta do preço da gasolina, em reais, foi de 5,49% até quinta-feira. Ontem, a gasolina continuou subindo em Nova York, segundo o consultor Leonardo Caldas, da Atef Consultoria. Os contratos para maio fecharam em US$ 0,8490 por galão, uma alta de mais de 9% no mês. Caldas, porém, acredita que o mercado vem se movendo mais por medo de uma guerra do que por fundamentos como estoque, demanda ou oferta. “Há duas ou três semanas, os Estados Unidos insinuaram um ataque ao Iraque. Agora, a situação no Oriente Médio pega fogo. Os investidores estão se protegendo”, analisa. O consultor Jean-Paul Prates, da Expetro Consultoria, é mais precavido. “Não é como uma invasão ao Iraque. É o mundo árabe sendo agredido”, avaliou. Para ele, é grande o risco de que a alta se mantenha. “Resta saber que posição a Arábia Saudita adotará”.

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