Empr�stimo � atoleiro, diz Fraga
Brasília - A redução do custo dos empréstimos e o aumento do volume de crédito no País são questões cruciais para o desenvolvimento da economia, segundo o presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Durante audiência ontem na Câmara dos Deputados, e
Por | Edição do dia 03/04/2002 - Matéria atualizada em 03/04/2002 às 00h00
Brasília - A redução do custo dos empréstimos e o aumento do volume de crédito no País são questões cruciais para o desenvolvimento da economia, segundo o presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Durante audiência ontem na Câmara dos Deputados, ele rebateu críticas de parlamentares à atuação do BC e afirmou que o governo não está conformado com a elevada diferença entre o custo de captação dos bancos e o valor cobrado dos clientes, o chamado spread bancário. O BC, garantiu, está de olho na competição no mercado e no lucro dos bancos e aconselhou os correntistas a fugir do cheque especial. Temos alertado à população do perigo de se financiar usando o cheque especial. Isso é um atoleiro, disse Fraga, argumentando que antes de recorrer a esse instrumento a pessoa deve pedir ajuda a amigos e parentes. Eu diria para não entrar no cartão de crédito e no cheque especial, de onde não se sai, afirmou. Na avaliação do presidente do BC, a tendência do spread bancário, que fechou o ano passado em 40%, é de queda. Ele citou a utilização da alienação fiduciária, um instrumento de garantia nos financiamentos habitacionais, como um estímulo para o setor. Fraga rebateu as críticas de que o BC não tem sido eficiente no combate às altas taxas verificadas no spread bancário enquanto as instituições financeiras aumentam seus lucros. O caminho que estamos percorrendo é o correto. É preciso que haja concorrência. Ainda há muito o que ser feito. Estamos de olho no lucro dos bancos, disse.