O Conselho Curador do Banco da Terra aprovou, ontem, mais R$ 69,8 milhões para o financiamento de compra de terra e infra-estrutura básica em 14 Estados. Somados aos R$ 27 milhões oriundos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial, os recursos totalizam R$ 96,8 milhões em atendimento a 6.221 famílias de empreendedores rurais familiares. Alagoas foi contemplado, inicialmente, com R$ 2,5 milhões. Os outros Estados beneficiados são Mato Grosso, com R$ 10 milhões; São Paulo, com R$ 3 milhões; Minas Gerais, R$ 2 milhões; Santa Catarina, com R$ 30 milhões; Rio Grande do Sul, com R$ 4,4 milhões; Maranhão, R$ 8,3 milhões; Piauí, com R$ 2,6 milhões; Ceará, com R$ 9,9 milhões; Rio Grande do Norte, R$ 2,5 milhões; Paraíba, R$ 2,5 milhões; Pernambuco, R$ 9,5 milhões; Sergipe, R$ 1,4 milhão; e Bahia, com R$ 8,2 milhões. As famílias beneficiadas contarão em média com R$ 15,6 mil cada uma. Os recursos serão utilizados na compra da terra e implantação de infra-estrutura básica. O financiamento poderá ser pago em até 20 anos, sendo até três de carência, e juros médios prefixados de 4% ao ano. Podem ter acesso ao programa trabalhadores rurais que comprovem no mínimo cinco anos de experiência na atividade rural; organizados em cooperativas, associações ou condomínios rurais. O imóvel financiado é a garantia real do empréstimo, ficando alienado até o pagamento final. Até o momento já foram atendidas 40 mil famílias com investimentos de R$ 680 milhões nos 20 Estados onde o programa atua. Em todo o País existem 65 Agências do Banco da Terra. Em Alagoas o Banco da Terra é coordenado pelo Iteral (Instituto de Terras de Alagoas). Até agora a instituição, considerada exemplo nacional do programa, já conseguiu assentar cerca de 400 famílias em 5,5 mil hectares de terras. O presidente do Iteral, Roberto Paiva, que conseguiu superar as metas de aplicação dos recursos do Banco da Terra, prometeu fazer um balanço do programa no Estado esta semana.