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AUXÍLIO EMERGENCIAL SUPERA PERDA DE RENDA NA PANDEMIA

Segundo levantamento, em valores agregados, o Brasil teve uma perda acumulada de R$ 66,8 bilhões

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Recursos do auxílio emergencial superam as perdas de rendimento em Alagoas
Recursos do auxílio emergencial superam as perdas de rendimento em Alagoas -

Os recursos do auxílio emergencial superaram as perdas da massa de rendimentos causada pela pandemia em Alagoas no primeiro semestre deste ano. É o que revela um estudo divulgado nesta terça-feira (27). Realizado pelos economistas Ecio Costa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Marcelo Freire, da Universidade Federal Rural de PE, o levantamento mostra que além de Alagoas, outros 21 estados do País foram ‘salvos’ pelo benefício do governo federal.

Em apenas cinco unidades da Federação - São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul - os recursos do benefício não compensaram as perdas de rendimentos. Os cinco locais em que o benefício não repôs as perdas na renda têm um menor número percentual de pessoas cadastradas em programas sociais, segundo Ecio Costa. “Ocorre o contrário no Norte e Nordeste, onde o cadastro inclui um número maior de beneficiários de programas sociais”, afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Segundo o levantamento, em valores agregados, o Brasil teve uma perda acumulada de R$ 66,8 bilhões na massa de rendimentos -soma dos salários de todos os trabalhos das pessoas em determinado período, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE) no primeiro semestre de 2020 em comparação com igual período de 2019. De acordo com Costa, o auxílio emergencial foi concebido para amparar informais e beneficiários de programas sociais. Mas chegou de forma mais eficiente aos que já estavam em cadastros de ações sociais do governo. Na análise do professor, o desenho do auxílio deveria ter sido aperfeiçoado, pois muitos informais terminaram não conseguindo acesso à ajuda emergencial. O estudo mostra que seis estados –Piauí, Pernambuco, Paraná, Goiás, Paraíba e Minas Gerais–tiveram perdas na massa de rendimentos equivale a mais da metade do foi ganho em auxílio. Já nos demais 12 estados essa relação é de 30%. Segundo o levantamento, na comparação com as nove parcelas programadas do auxílio, é possível verificar que o volume ainda é muito superior às perdas observadas no semestre. Há, inclusive, tendência de que as quedas na massa de rendimentos sejam revertidas nos terceiro e quarto trimestres, decorrentes da circulação dos recursos nas economias locais. O cruzamento de dados do auxílio com o resultado do comércio identifica que a liberação de um volume maior do benefício influenciou na recuperação dos estados. Enquanto estados do Norte e Nordeste tiveram um boom no varejo, catapultados pelo auxílio governamental, o varejo no Distrito Federal e Rio Grande do Sul ainda não recuperaram o nível pré-crise.

* Com informações da Folhapres.

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