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Economia Segundo os números, o empréstimo foi uma realidade em 50 mil domicílios de Alagoas

NÚMERO DE RESIDÊNCIAS QUE PRECISARAM DE EMPRÉSTIMO CRESCE 38%

Entre julho e setembro foram contraídos empréstimos em 14 mil lares alagoanos, segundo levantamento da Pnad Covid-19

Por Hebert Borges | Edição do dia 29/10/2020 - Matéria atualizada em 29/10/2020 às 04h00

O número de domicílios alagoanos em que algum morador pegou dinheiro emprestado durante a pandemia cresceu 38,8% entre julho e setembro. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Covid-19), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram contraídos empréstimos em 14 mil lares alagoanos nesse intervalo de três meses.

Segundo os números, o empréstimo foi uma realidade em 50 mil domicílios de Alagoas no mês passado, 2 mil a mais que agosto. Em todo o País, são 4,6 milhões de lares em que algum morador solicitou empréstimo até setembro. Entre julho e setembro o aumento foi de 41,1%, sendo que em julho eram 3,2 milhões de lares com algum empréstimo.

Segundo o IBGE, a maior fonte de empréstimo para os alagoanos foi banco ou alguma instituição financeira. Esta foi a escolha em 42 mil lares do Estado. Os amigos ou parentes aparecem logo em seguida como fonte de empréstimo. Eles foram buscados por 7 mil domicílios de Alagoas. Em outros dois mil lares as pessoas escolheram outro local ou pessoa para pedir o socorro financeiro. Mas, segundo o IBGE, em Alagoas, quando o assunto é pedir empréstimo, ninguém recorreu mesmo foi ao patrão. Os números mostram também que o pedido de empréstimo foi mais comum entre as famílias mais abastadas do que entre os mais pobres. De acordo com o IBGE, o pedido de socorro financeiro foi uma realidade em 11,3% dos lares alagoanos em que os moradores possuem renda per capita igual ou superior a quatro salários mínimos. Em julho, esse percentual era de 5,8% entre estas famílias. Ou seja, na passagem de um mês avançou 5,5 pontos percentuais. Logo em seguida aparecem as famílias com renda entre dois a menos de quatro salários mínimos per capita. Neste grupo, o pedido de empréstimo foi uma realidade para 8,8% deles. Em julho este percentual era de 8,1. Entre as famílias com renda entre um e menos de dois salários, 7,2% pediram empréstimos em setembro. Em julho eram 4,9% neste grupo. Entre as famílias mais pobres, o percentual das que pediram empréstimos é menor. Para as que possuem renda entre meio e menos de um salário mínimo, o empréstimo foi uma realidade para 6,2% em setembro, e em julho era de 4,5%. Já para as famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo, o empréstimo estava presente em 5% delas em setembro e 4,6% em julho.

DESEMPREGO

Conforme noticiou a Gazeta na edição impressa desta semana, em cinco meses, contados de maio a setembro, o desemprego avançou 31,9% em Alagoas. Os números mostram que, durante esse período, 45 mil alagoanos entraram para o grupo de desempregados, que totaliza 186 mil pessoas no Estado. De acordo com os dados, a taxa de desemprego em Alagoas ficou em 16,6% em setembro. Em maio ela era de 12,7%, um avanço de 3,9 pontos percentuais. A taxa aferida em Alagoas está acima da nacional, que ficou em 14% em setembro. De acordo com o IBGE, o Brasil tem 13,5 milhões de desempregados. Em relação à ocupação, o Estado totalizou 937 mil pessoas ocupadas no últimos mês de setembro, nove mil a mais que em agosto. Esse movimento evidencia uma desaceleração na retomada da ocupação, que tinha somando de julho para agosto, mais 19 mil pessoas. O mês com menos pessoas ocupadas em Alagoas foi julho, quando 909 mil estavam nessa condição. Em maio, primeiro mês da pesquisa, o total de pessoas ocupadas em Alagoas era de 969 mil pessoas, 32 mil a mais que em setembro.

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