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Nº 5693
Economia Em 2018, foram abertas 6.356 empresas, ante as 7.217 que fecharam, informa o IBGE

TAXA DE SOBREVIVÊNCIA DE EMPRESAS EM AL É A 2º MENOR DO NORDESTE

Salário médio pago aos trabalhadores das empresas alagoanas é o pior do Nordeste, segundo levantamento divulgado pelo IBGE

Por Hebert Borges | Edição do dia 31/10/2020 - Matéria atualizada em 31/10/2020 às 04h00

Com saldo negativo de 861 unidades locais de empresas, Alagoas registrou taxa de sobrevivência empresarial de 82,5%, a segunda menor do Nordeste e abaixo da taxa nacional de 83,9%. Os dados - que levam em consideração o ano de 2018 - são do estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa significa que das empresas abertas em 2017, 82,5% se mantiveram ativas no ano posterior. O saldo leva em conta que 6.356 foram abertas em 2018, frente 7.217 que fecharam. Segundo os dados, em 2018 o estado tinha 36.246 unidades locais ativas, o que representa um aumento de 19,1%, tendo em vista que em 2008 Alagoas tinha 30.414 unidades locais ativas. De acordo com o IBGE, o termo unidades locais é utilizado porque uma mesma empresa pode ter várias unidades. O levantamento considera somente as entidades empresariais, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e as organizações internacionais que atuam no país. Os números mostram que a taxa de saída de unidades locais de Alagoas é a terceira maior do Nordeste, 19,9%, acima da taxa nacional de 17,2% e da regional de 19,1%. Apenas Maranhão (20,6%) e Ceará (20,3%) registraram taxas maiores. Por segmento, o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, lidera tanto o número de unidades ativas, quanto o de entrada e de saída. No quesito saída, especificamente, 54,4% das registradas em Alagoas foram nesse setor. Contudo, quando analisadas as taxas de saída em relação a quantidade de empresas ativas no setor em Alagoas, a liderança é ocupada pelo ramo da construção, que com o fechamento de 394 unidades locais em Alagoas, em relação às 1.537 ativas, registrou taxa de saída de 25,6%. A taxa no comércio, que fechou 3927 unidades, e tinha 18.467 ativas, apresentou taxa de 21,3%. Em relação à taxa de entrada, Alagoas registrou percentual de 17,5% com o ingresso de 6.356 unidades locais no Estado em 2018. A taxa alagoana foi a segunda maior da região, menor somente que a taxa aferida no Maranhão (20,5%) e empatada com Pernambuco (17,5%). De acordo com o IBGE, as 36.246 unidades locais ativas em Alagoas empregaram 291 mil pessoas, com salário médio de R$ 1.674, o pior do Nordeste, que registrou salário médio de R$ 1.875. Em contrapartida, os números mostram que 1.307 unidades locais de Alagoas que registraram reentrada, ou seja, tinham sido abertas, fecharam e depois voltaram a funcionar, apresentaram o melhor salário médio de todo o Nordeste, R$ 4.338 - 239,7% maior que os R$ 1.810 da média regional para essa categoria.

O IBGE também acompanhou 4924 unidades locais de empresas que nasceram em Alagoas no ano de 2008. Os números mostram que, após dez anos, apenas 22,8% delas continuavam ativas. O percentual aferido em Alagoas está abaixo do regional (22,9%) e do nacional (25,3%). De acordo com os dados, menos da metade das empresas (46,9%) sobreviveu até o 5° ano de existência.

BRASIL

Em todo o País, dentre as 612.954 unidades locais de empresas privadas que nasceram no Brasil em 2008, 18,5% (113.517) morreram antes de completar um ano (81,5% sobreviveram); pouco mais da metade (52,5% ou 321.844) morreu antes de completar cinco anos (47,5% sobreviveram) e 3 em cada 4 morreram antes de fazer uma década (74,7% ou 458.029, ou seja 25,3% sobreviveram). Santa Catarina foi o estado que teve as maiores taxas de sobrevivência empresarial entre as empresas que nasceram em 2008, chegando a 52,8% em cinco anos de funcionamento e a 32,1% em dez anos de atividade. Já os estados de Roraima e Amazonas tiveram as menores taxas. Em até quatro anos de funcionamento mais empresas em Roraima fecharam as portas. A partir dos cinco anos, mais fecharam no estado do Amazonas. Assim como em Alagoas, a atividade que mais se destacou em 2018 no Brasil foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que contribuiu com o maior saldo negativo de empresas (-88,7 mil). Por outro lado, o setor de Saúde humana e serviços sociais foi o que deu a maior contribuição positiva ao saldo das empresas (23,7 mil).

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