A produção alagoana de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano deve atingir 101,2 mil toneladas, um crescimento de 5,6% em relação à safra passada, quando foram colhidas 95,9 mil toneladas, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta é consequência do aumento da área plantada, que chegou a 66.404 hectares - um avanço de 44,9% em relação aos 45.842 hectares plantados na safra do ano passado.
O destaque deste ano em Alagoas é a produção de milho, que registrou um aumento de 35% em relação a 2019. Com isso, a produção do grão passará de 43,8 mil toneladas para 59,1 mil toneladas na passagem de um ano para o outro. O volume de milho produzido corresponde a 58,3% do total da produção alagoana deste ano.
Como destaque negativo, a produção de soja deste ano deve registar um tombo de 69,2%, em relação à safra do ano passado. De acordo com o levantamento do IBGE, o estado deverá colher 4,8 mil toneladas do grão, contra as 15,6 mil toneladas colhidas na safra de 2019. As estimativas do instituto também preveem uma queda de 5,4% este ano, em relação ao ano passado. Os prognósticos mostram que Alagoas deve colher 12,3 mil toneladas do grão, contra as 13,03 mil toneladas colhidas na safra do ano passado.
CANA-DE-AÇÚCAR
Apesar do aumento na safra de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano, o IBGE estima que a produção alagoana de cana-de-açúcar deverá sofrer uma queda de 1,5% este ano, em relação a 2019, quando foram colhidas 17,8 milhões de toneladas. A estimativa do órgão para este ano é uma safra de 17,5 milhões de toneladas. Em todo o País, a estimativa de outubro para a safra de 2020 alcançou 252 milhões de toneladas, o que é 4,4% superior à de 2019, quando foram produzidas 241,5 milhões de toneladas. A soja terá produção de 121,5 milhões de toneladas, o milho de 100,9 milhões de toneladas, sendo 26,6 milhões de toneladas na primeira safra e 74,2 milhões de toneladas na segunda. O arroz teve uma produção de 11,1 milhões de toneladas e, o algodão, de 7,1 milhões de toneladas. A área a ser colhida em 2020 ficou em 65,3 milhões de hectares, aumento de 2,1 milhões de hectares frente a 2019, ou 3,3%. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja, que somam 92,6% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida. Na comparação com 2019, houve acréscimos este ano de 3,5% na área do milho, sendo 2,8% na primeira safra e de 3,8% na segunda; a área da soja cresceu 3,5% e a de algodão herbáceo aumentou 0,1%, enquanto o arroz apresentou queda de 1,1%. Na produção, houve altas de 7,1% para a soja, de 7,8% para o arroz, de 2,5% no algodão herbáceo e de 0,3% para o milho, sendo aumento de 2,5% na primeira safra e queda de 0,5% na segunda. Na comparação com setembro de 2020, houve aumentos nas estimativas da produção do milho primeira safra (0,5%), do milho segunda safra (0,4%), do feijão primeira safra (0,2%) e da soja (0,1%). O IBGE registrou queda na comparação mensal na produção do algodão herbáceo (-0,2%), do feijão terceira safra (-0,6%), do feijão segunda safra (-1,6%), da uva (-3,2%, da cevada (-5,8%), do trigo (-6,3%) e da aveia (-9,5%). Entre os estados, Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com 28,9% do total, seguido pelo Paraná (16,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,3%). Por região, o Centro-Oeste concentra 47,5% da produção (119,8 milhões de toneladas), o Sul 29,1% (73,3 milhões de toneladas), o Sudeste 10,1% (25,6 milhões de toneladas), o Nordeste 8,9% ( 22,4 milhões de toneladas) e o Norte tem 4,4% (11 milhões de toneladas).
PRÓXIMO ANO
Para o próximo ano, a produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2021 deve atingir 253,2 milhões de toneladas, uma alta de 0,5% em relação a 2020, o que equivale a 1,248 milhão de toneladas. É o que prevê a primeira estimativa da produção nacional, divulgada pelo IBGE. Segundo o instituto, a previsão de aumento ocorre principalmente na produção da soja, com crescimento de 4,6% ou 5,6 milhões de toneladas, e do milho primeira safra, que deve subir 1,7% ou 445 mil toneladas. Por outro lado, deve ocorrer declínios da produção do milho segunda safra (-5,4% ou 4 milhões de toneladas), do arroz (-2,4% ou 260, 5 mil toneladas), do algodão herbáceo (-11,9% ou 837,9 mil toneladas), do feijão primeira safra (-2,2% ou 28,5 mil toneladas), do feijão segunda safra (-4,5% ou 45,4 mil toneladas) e do feijão terceira safra (-6,5% ou 38,6 mil toneladas). As informações são da Agência Brasil.