As vendas no comércio varejista de Alagoas cresceram 7,5% no último mês de setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nessa quarta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, o volume de vendas do setor no estado recuou na comparação com o mês de agosto. O recuo foi de 0,4%, segundo o IBGE. É o primeiro registro negativo após quatro taxas positivas consecutivas. Segundo os números, este ano o setor já acumula queda de 5,4%, e nos últimos 12 meses a retração chega a 4,2%. Em setembro, na série com ajuste sazonal, houve resultados positivos em 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Piauí (5,7%), São Paulo (2,1%) e Espírito Santo (1,8%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Maranhão (-5,9%), Amapá (-5,5%) e Ceará (-4,4%). Alagoas apresentou o menor recuou do Nordeste, com menos 0,4%. Em todo o País, o volume de vendas do varejo cresceu 0,6% em setembro na comparação com agosto. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o comércio cresceu 7,3%. Nos últimos 12 meses, o setor acumula crescimento de 0,9%. Na série com ajuste sazonal, na passagem de agosto para setembro de 2020, houve alta em cinco das oito atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%) e Móveis e eletrodomésticos (1,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuraram três setores: tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0.4%). “Trata-se de uma diminuição do ritmo de crescimento nos volumes do varejo nacional. A desaceleração é natural e representa uma acomodação, porque as quedas de março e abril foram muito expressivas, o que fez com que os meses seguintes de recuperação também tivessem altas intensas. A desaceleração é como se a série estivesse voltando à normalidade”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, analisando os resultados para o Brasil.
VAREJO AMPLIADO
Em Alagoas, as vendas do comércio varejista ampliado, que integra também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou alta de 12,6% em comparação com setembro de 2019. Já em relação a agosto o setor registrou queda de 0,2% no estado. No acumulado do ano, o comércio varejista ampliado acumula redução de 3,5%. Nos últimos 12 meses a queda observada é de 1,8%. Em todo o País o volume de vendas no varejo ampliado cresce 1,2% em relação a agosto de 2020, quinta variação positiva consecutiva. Em relação a setembro de 2019, o comércio varejista ampliado cresceu 7,4%, sua terceira taxa positiva consecutiva. No comércio varejista ampliado, na passagem de agosto para setembro, o setor de veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 5,2% enquanto em Material de construção, o aumento foi 2,6%, ambos, respectivamente, após avanços de 8,3% e 3,6% registrados no mês anterior.
Nesse segmento foram aferidos resultados positivos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Roraima (3,7%), Bahia (3,2%) e Espírito Santo (3,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 13 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Maranhão (-3,9), Ceará (-3,7) e Paraíba (-3,3%). Alagoas apresentou a menor redução no Nordeste, -0,2%.
SETORES
Na semana passada, a produção industrial brasileira emendou o quinto mês consecutivo de alta após tombo recorde causado pela pandemia de Covid-19 e eliminou as perdas do pior período da crise. O crescimento do setor em setembro foi de 2,6% em comparação com o mês anterior, de acordo com dados do IBGE. Nos cinco meses de recuperação, o setor industrial compensou a perda de 27,1% entre março e abril, quando a pandemia atingiu o país e levou ao fechamento de comércio, bares, restaurantes e shoppings, a fim de promover o isolamento social para conter o avanço do coronavírus. Com o resultado de setembro, a produção industrial superou em 0,2% o patamar pré-pandemia, em fevereiro. O setor de serviços é o único que ainda não recuperou as perdas da pandemia -em agosto, estava 9,8% abaixo do verificado antes da chegada da Covid-19 ao país. Já o varejo está 8,9% acima do patamar de fevereiro, superando as perdas acumuladas na crise. A pandemia também segue deteriorando o mercado de trabalho no Brasil. A taxa de desemprego atingiu o patamar inédito de 14,4% no trimestre encerrado em agosto, totalizando 13,8 milhões de pessoas sem trabalho -uma alta de 8,5% frente a maio e 9,8% quanto a agosto de 2019. Mas, ao mesmo tempo, a população ocupada também caiu de forma expressiva. Desde maio, são 4,3 milhões de pessoas a menos sem trabalho, que provavelmente, avalia o IBGE, perderam seus postos, uma queda de 5%. Já na comparação anual, são 12 milhões de brasileiros que deixaram a população ocupada, alta de 12,8%. As informações são da Folhapress.