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Nº 5856
Economia O volume de serviços no Estado só ficou à frente do desempenho do setor em Sergipe

SETOR DE SERVIÇOS DE ALAGOAS TEM A 2ª MAIOR QUEDA DO PAÍS

No acumulado do ano, os serviços prestados no Estado registraram tem o maior tombo entre as unidades da Federação, aponta IBGE

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 13/11/2020 - Matéria atualizada em 13/11/2020 às 04h00

Com uma queda de 17,5% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor de serviços de Alagoas registrou a segunda maior retração do País naquele mês, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quinta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de serviços no Estado só ficou à frente do desempenho do setor em Sergipe, cuja retração atingiu 18,4% em setembro. Na comparação com agosto - quando os diversos segmentos estavam fechados devido à pandemia do novo coronavírus -, os serviços prestados em Alagoas avançou 6,1%. Com o resultado de setembro, o setor de serviços de Alagoas registraram o maior tombo do País no acumula do ano, com um recuo de 19,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo os dados do IBGE, os sete maiores tombos nessa base de comparação foram de estados nordestinos. Além de Alagoas, a Bahia recuou 18,4% no acumulado do ano, seguida do Rio Grande do Norte (-17%), Piauí (-17%), Sergipe (-15,6%), Ceará (15,1%) e Pernambuco (14,6%). Das 27 unidades da Federação, apenas Rondônia acumula resultado positivo de janeiro a setembro, com 3,4%.

RECEITA

Com o resultado de setembro, a receita nominal do setor de serviços de Alagoas recuou 16,3% no mês, na comparação com setembro de 2019. Na comparação com agosto, a receita registou alta de 3,5%. Já no acumulado do ano, a queda é de 18,4%. Em todo o País, o setor de serviços recuou 7,2%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a sétima taxa negativa seguida nessa comparação. Na comparação com agosto, o setor avançou 1,8% - o quarto resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, caiu 8,8% frente ao mesmo período de 2019.

Na passagem de agosto para setembro, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram resultado negativo de 0,6%, eliminando pequena parte do ganho de 5,8% no período de junho a agosto.

Já o setor de outros serviços, que alcançou 4,8% na comparação com o mês anterior, e 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia. “Outros serviços alcançaram o maior patamar desde outubro de 2014, refletindo a alta nos serviços financeiros e auxiliares. As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável”, disse, em nota, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Segundo ele, empresas que atuam como intermediárias do processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade. De acordo com o IBGE, outra atividade em destaque foi a de informação e comunicação, que avançou 2% em setembro, eliminando a queda de agosto (-1%). Mas o ganho acumulado de 7% no período junho a setembro ainda não compensou todo o recuo (-8,9%) de janeiro a maio. Os serviços prestados às famílias acumulam retração de 38,6% no ano, sendo que o segmento de serviços de alojamento e alimentação é o que soma maior queda dentre todos os segmentos, com retração de 40,2%. “Muitos trabalhadores ainda estão exercendo suas funções fora do local de trabalho e ainda há muitas pessoas que não estão saindo de casa nem viajando. Por isso, estabelecimentos como restaurantes e hotéis, além do transporte de passageiros, ainda não estão funcionando em plena capacidade, atuando como limitadores de um processo mais acelerado de retomada tanto dos serviços prestados às famílias como do setor de transportes como um todo”, afirmou o pesquisador. O transporte aéreo teve uma alta de 19,2% frente ao mês anterior, mas ainda acumula queda de 37,6% no ano. Por outro lado, os segmentos de transporte aquaviário (11,2%) e de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,2%) foram os únicos (além dos serviços de tecnologia da informação) que registraram taxas positivas no acumulado do ano. As informações são da Agência Brasil.

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