Natal
SUPERMERCADOS FICAM LOTADOS NA VÉSPERA DE NATAL
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Entre os poucos que lucram durante a pandemia, o setor de supermercados de Alagoas estima vender 6% a mais no Natal deste ano na comparação com a mesmo período de 2019. De acordo com o presidente da Associação dos Supermercados Alagoanos (ASA), Raimundo Barreto, este é um ano que o segmento não tem do que reclamar. “Foi um setor que não parou. Toda essa pandemia nós continuamos todos abertos e no mês de dezembro não foi diferente. Estamos muito otimistas para fechar com chave de ouro, mesmo com toda essa loucura mundial”, afirma. A movimentação registrada nos supermercados na manhã da véspera de Natal (24) explicava a estimativa positiva dos empresários. Longas filas nos caixas e carrinhos cheios evidenciavam o consumo dos cidadãos. De acordo com Barreto, os produtos mais procurados durante o período natalino foram vinhos, aves, chocolates e bebidas. “Esse ano vai ser um ano diferente, todo mundo em casa, com certeza vai haver um bom consumo nesse período”, estima. A dona de casa Juliane Araújo, de 34 anos, contou que mesmo comprando marcas diferentes do habitual, não deixa de comprar alguns alimentos. Segundo ela, no Natal, o que não pode faltar em sua ceia é arroz, uva passa e alguma ave. Já a aposentada Mailda Gomes, de 66 anos, disse que encontra dificuldade para conseguir o dinheiro necessário para comprar tudo. Contudo, ela diz que algumas coisas, como panetone e uva passa, não podem faltar.
Segundo Araújo, ir ao supermercado na véspera de Natal foi sua única escolha, que ela diz que teve consequências, pois contou que alguns produtos essenciais já estavam em falta, como batata palha e uva passa. Além disso, ela ainda citou o trânsito como fator negativo, tendo em vista que o fluxo de veículos foi grande na capital nessa quinta-feira (24). A dona de casa conta que que gostaria de se reunir com sua família, que é de Natal (RN), mas pela idade avançada do pai dela, preferiu comemorar apenas com o esposo.
O diretor de marketing de um supermercado no bairro do Farol, Rusijanio Lúcio, de 53 anos, afirmou que o faturamento foi muito alto. Ele avalia como positiva essa situação para a economia. “Principalmente para Alagoas, nosso estado é muito pobre, estava precisando de um incentivo”, afirma. Ele revelou que a fidelidade às marcas, que alguns clientes tinham, tem se perdido há um tempo, mas que as pessoas compram o que podem. Lúcio contou ainda que os insumos necessários para que o supermercado funcione também teve alta. Ele cita as sacolas de plástico como exemplo. Ela conta que a demanda no final do ano ajudou a compensar as altas, tendo em visto o grande volume de vendas registrado. Para ele, o movimento corrido e as lojas cheias podem ser justificadas pela pandemia, que ele diz ter dividido as famílias e aumentado o consumo. Outro ponto apontado por ele para explicar a grande movimentação na véspera de Natal é o hábito dos brasileiros de deixar tudo para última hora.
* Sob supervisão da editoria de Economia.