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Nº 5856
Economia Antes cheios de carros, os pátios das locadoras de veículos em Alagoas estão vazios

LOCADORAS DE VEÍCULOS TÊM FILA DE ESPERA EM PLENA PANDEMIA EM AL

De acordo com o presidente do sindicato do setor no Estado, 80% da frota dos carros está nas mãos de motoristas de aplicativos

Por Hebert Borges | Edição do dia 30/12/2020 - Matéria atualizada em 30/12/2020 às 04h00

Após amargarem perdas com a pandemia da Covid-19, as locadoras de veículos de Alagoas estão com fila de espera para atender a demanda pelo serviço no estado. Os pátios, antes lotados de veículos devolvidos, hoje parecem um estacionamento vazio. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos de Alagoas (Sindloc-AL), Lusirlei Albertini, 80% da frota está nas mãos de motoristas de aplicativos. Segundo Albertini, os motoristas de aplicativo são um público consumidor muito grande das 179 locadoras em Alagoas. No entanto, com a pandemia, eles devolveram os veículos porque as medidas de isolamento diminuíram a quantidade de pessoas na rua e, consequentemente, a demanda pelo serviço. Contudo, a movimentação de turistas durante a alta temporada e a flexibilização das normas de isolamento reaqueceram o mercado, que, segundo ele, não conta com nenhum dos 3.670 carros disponíveis para locação. Albertini revela que diante dos impactos da pandemia muitos donos de locadoras venderam os veículos e agora não conseguem atender a demanda. O presidente do Sindloc estima que a frota esteja defasada em 40%. Diante da alta procura e pouca demanda o preço da locação aumentou. O sindicalista diz que o aumento médio é de 20%. Albertini conta que a lista de espera que se forma atualmente nas locadoras é composta, principalmente, por turistas. “A procura começou pouco antes do Natal e deve durar até o dia 15 de janeiro, daqui pra lá não vai ter carro parado”, estima. Mesmo assim, o sindicalista diz acreditar que este alto movimento não seja capaz de superar as perdas acumuladas durante o ano. Ele diz que os empresários não conseguiram comprar carros para repor a frota na mesma medida em que venderam os carros usados. Lusirlei Albertini pontua que a atual alta temporada do turismo está melhor do que a registrada no ano passado. Ele explica que a diária dos veículos paga por turistas é três vezes maior que a paga por motoristas de aplicativo. Segundo ele, enquanto um turista paga, em média, R$ 120, os motoristas pagam R$ 40. O sindicalista conta que “a pandemia desarrumou tudo”. Segundo ele, “em abril, nas locações eventuais para turismo de lazer e negócio, que foi o setor mais afetado, houve uma redução nas locações na ordem de 95%, este cenário em junho apresentou uma pequena evolução em torno de 15%, ou seja o encolhimento passa a ser de 80%”. Albertini conta que, em abril, quando começaram a vigorar as medidas de isolamento mais restritivas, os clientes “devolveram tudo”.

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