Impostômetro
ALAGOANOS PAGAM MAIS DE R$ 11 BI EM IMPOSTOS, APONTA ASSOCIAÇÃO
Devido à pandemia de Covid-19, o volume é 15,9% menor do que o registrado no ano passado


A arrecadação de impostos em Alagoas recuou 15,9% este ano, na comparação com o ano passado. Até essa quarta-feira (30), os alagoanos já tinham pago R$ 11,1 bi em impostos, considerando todas as esferas. Em 2019, o montante de tributos pagos em Alagoas foi de R$ 13,2 bi. Os dados são do iIpostômetro da Associação Comercial de São Paulo (AC-SP). O valor arrecadado no estado equivale a 0,46% do total do País. Ao todo, os brasileiros pagaram R$ 2 trilhões de impostos este ano. A capital alagoana, Maceió, apresentou situação oposta a do estado. A arrecadação de Maceió cresceu 58,9%, saindo de R$ 576,2 milhões em 2019 para R$ 915,6 milhões este ano. Na pequena Pindoda, cidade com o menor número de habitantes em Alagoas, a arrecadação saltou de R$ 1,19 milhões em 2019, para R$ 3,78 milhões neste ano. De acordo com estimativa da AC-SP, o impostômetro deve atingir a marca de R$ 2,057 trilhões até as 23h59 do último dia do ano, 31 de dezembro. O resultado será 17,85% menor que valor que foi pago pelos contribuintes em 2019, a primeira queda registrada desde a criação da ferramenta, em 2005. “A redução tem tudo a ver com a crise econômica causada pela covid-19, que impactou diretamente em todas as atividades de trabalho, com destaque maior para o setor terciário que, inclui o comércio e a prestação de serviços e corresponde a mais de 70% pelos empregos gerados no país”, ressaltou a entidade em nota. Em 2020, o poder público receberá em impostos da população R$ 447,1 bilhões a menos do que foi arrecadado em 2019. Para 2021, no entanto, mesmo ainda durante a crise do coronavírus, a AC-SP prevê que o país deverá capitalizar mais contribuições. “Além de as atividades não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais. É o caso do Governo do Estado de São Paulo que baixou o decreto 65.253/20. Com esta lei, mais de 300 produtos deverão ter sobretaxa de ICMS e, portanto, ajudar a engrossar a arrecadação estadual”, destacou a entidade. O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelos municípios, estados e pelo governo federal. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária. A ferramenta calcula os dados utilizados pela Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).