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PREÇO DE IMÓVEIS EM MACEIÓ ENCERRA 2020 COM ALTA DE 7,9%

O aumento registrado em Maceió é o maior do Nordeste e o 4° maior do Brasil, aponta FipeZap

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Em dezembro, a alta no preço de imóveis registrada em Maceió foi de 1,85%
Em dezembro, a alta no preço de imóveis registrada em Maceió foi de 1,85% -

Os preços de imóveis residenciais em Maceió registraram alta de 7,9% em 2020, segundo dados divulgados nessa terça-feira (5) pela empresa FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades. O aumento registrado em Maceió é o maior do Nordeste e o 4° maior do Brasil. De acordo com os dados, no último mês de dezembro a alta registrada em Maceió foi de 1,85%, a segunda maior no período entre as cidades pesquisadas. O levantamento mostra que o preço médio do metro quadrado na capital alagoana foi de R$ 5.195 em 2020. Foram analisados 4.112 anúncios de vendas em Maceió.

A pesquisa aponta que o metro quadrado mais caro na capital alagoana é negociado por R$ 6.935 e é negociado no bairro Pajuçara. Já o metro quadrado mais barato em Maceió é vendido por R$ 1.794 na Cidade Universitária. Os bairros à beira-mar continuam sendo os mais caros da capital. Além de Pajuçara, completam a lista dos mais caros o bairro de Guaxuma, R$ 6.253; Jacarecica, R$ 5.720; Jatiúca, R$ 5.695 e Ponta Verde, R$ 5.617.

Na outra ponta, os bairros com metro quadrado mais barato na capital, além da Cidade Universitária, são Benedito Bentes, R$ 1.989; Petrópolis, 2.239; Jardim Petrópolis, R$ 2.273 e Feitosa, R$ 2.332.

CENÁRIO NACIONAL

Em todo o país, os preços registraram a primeira alta (3,67%) em quatro anos no acumulado de 2020. Apesar do avanço, o resultado ainda está abaixo da inflação projetada para o período, de 4,38%. O preço médio de venda de imóveis em dezembro, por sua vez, subiu 0,46%, após um avanço de 0,45% em novembro. O índice também ficou abaixo da inflação esperada para o mês, de 1,22%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês será divulgado em 12 de janeiro e, se a previsão se confirmar, o valor dos imóveis em dezembro terá registrado queda real (descontada a inflação) de 0,75%. A alta nos preços dos imóveis em 2020 acontece em um cenário de juros baixos e aquecimento do mercado imobiliário, com maior procura e volume de crédito imobiliário contratado no país. Entre as 16 capitais acompanhadas, Recife foi a única onde o preço médio de venda residencial apresentou queda nominal no ano, de 0,38%. Todas as demais apresentaram alta em 2020, sendo que, em nove delas, a variação de preços superou o IPCA projetado. No Rio de Janeiro, a alta foi de apenas 1,60%, enquanto em São Paulo, foi de 3,79%, em ambos os casos abaixo da inflação. As duas capitais são as que têm maior peso no cálculo do FipeZap, tratando-se dos dois principais mercados imobiliários do país. O Rio continua como a capital de maior preço médio anunciado do metro quadrado no país, no valor de R$ 9.437, seguido de São Paulo, cujo valor é de R$ 9.329.

INCERTEZAS

Em meio à crise provocada pela pandemia de covid-19, um setor da economia brasileira encerrou 2020 em ritmo de superação. De janeiro a outubro, os financiamentos imobiliários concedidos com recursos da poupança totalizaram R$ 92,7 bilhões, crescimento de 48,8% em relação ao mesmo período de 2019, segundo os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Beneficiado pelos juros baixos, depósitos recordes na poupança, atuação dos bancos públicos e pela aprovação do programa Casa Verde Amarela,o setor imobiliário ganhou impulso no segundo semestre. No no entanto, enfrenta desafios para manter o crescimento em 2021, como o encarecimento de materiais de construção e as incertezas sobre a recuperação da economia. Outro fator que alimenta uma interrogação em torno do crescimento do mercado imobiliário em 2021 reúne as incertezas em relação à velocidade da recuperação do emprego e da renda. Ao apresentar a projeção de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2021, o presidente da Cbic, José Carlos Martins, classificou de “otimista conservadora” a expectativa da entidade. As avaliações para o próximo ano, no entanto, dividem-se. O presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Cbic, Celso Petrucci, diz que o déficit habitacional no Brasil e mudanças de comportamento da população depois da pandemia, como a procura por imóveis mais afastados de áreas densamente povoadas, ajudarão a manter aquecida a procura pelos financiamentos imobiliários.

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