app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5691
Economia O setor de transportes ainda está 5,4% abaixo do patamar de fevereiro, aponta o IBGE

SERVIÇOS DE ALAGOAS TÊM A MAIOR RETRAÇÃO DO PAÍS NO ANO, DIZ IBGE

Apesar de registrar alta em novembro, setor alagoano acumula retração de 17,7% no ano, diz IBGE

Por Carlos Nealdo* | Edição do dia 14/01/2021 - Matéria atualizada em 14/01/2021 às 04h00

O setor de serviços de Alagoas registrou crescimento de 8,7% em novembro de 2020, na comparação com o mês anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do segundo maior crescimento do País, atrás apenas dos serviços prestados no Acre, que avançaram 9% no penúltimo mês do ano passado. Apesar disso, o setor registrou a maior retração do País no acumulado de janeiro a novembro, com 17,7%. Nessa base de comparação, sete dos nove estados nordestinos acumulam as maiores quedas. Além de Alagoas, a Bahia registrou recuo de 16%, seguido do Rio Grande do Norte (16%), Sergipe (15,6%), Piauí (15,5%) e Pernambuco (13,4%). Na comparação com novembro de 2019, o setor de serviços alagoano recuou 5,8%. Nessa base de comparação, apenas cinco estados registraram resultado positivo. O Pará aparece em primeiro lugar, com crescimento de 4,8%, seguido de Santa Catarina (4,6%), Amazonas (3,9%), Acre (1,4%) e Mato Grosso do Sul (0,5%). Em todo o País, o setor de serviços registrou alta de 2,6% em novembro. Apesar da alta, o volume de vendas dos serviços ainda está 3,2% abaixo do registrado em fevereiro, antes da chegada da Covid-19 ao Brasil. Serviços são o setor que mais emprega no país e sua retomada é considerada fundamental para acelerar a recuperação econômica após a pandemia.

Apesar da flexibilização do isolamento social no período, não houve uma retomada do patamar pré-crise. Na comparação com novembro de 2019, o volume de serviços mostra um resultado negativo de 4,8%, a nona baixa seguida neste índice. No acumulado do ano até novembro, o setor recuou 8,3% na comparação com o mesmo período de 2019. Em 12 meses, a queda é de 7,4%, o pior resultado desde o início da série histórica. O setor deve fechar o ano com o pior recuo desde o início da pesquisa, em 2011. Na divulgação desta quarta, todos os cinco ramos de atividade tiveram crescimento, com destaque para os dois setores mais afetados pela pandemia: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com alta de 2,4%, e serviços prestados às famílias, que avançaram 8,2%. Com o crescimento recente dos casos de Covid-19, que vem registrando cada vez mais mortes -foram 1.109 nesta terça (12)-, a recuperação incipiente pode perder força. O gerente da pesquisa Rodrigo Lobo apontou que as atividades presenciais são as que enfrentam mais obstáculos para recuperarem o nível pré-pandemia, como os ramos de restaurantes, hotéis e transportes. “Atividades como restaurantes, hotéis, serviços prestados à família de uma maneira geral e transporte de passageiros, seja o aéreo, o rodoviário e ou o metroviário, até mostraram melhoras, mas a necessidade de isolamento social ainda não permitiu o setor voltar ao patamar pré-pandemia”, afirmou o gerente.

O setor de transportes ainda está 5,4% abaixo do patamar de fevereiro, apesar do ganho de 26,7% entre maio e novembro. No mesmo período, os serviços prestados às famílias tiveram alta de 98,8%, mas seguem 34,2% abaixo do nível anterior à chegada da Covid-19. Segundo o IBGE, somente serviços de informação e comunicação (0,5%) e outros serviços (0,5%) superaram o nível de fevereiro. Os serviços cresceram em 19 das 27 unidades da federação. São Paulo teve o avanço mais significativo, com alta de 3,2%. Outros registros importantes foram em Minas Gerais, (2,8%), Rio de Janeiro (1,3%), Rio Grande do Sul (3,2%), Pernambuco (5,2%) e Paraná (2,1%). Por outro lado, o Distrito Federal teve o recuo mais forte, de 9,9%. Na comparação com novembro de 2019, 22 das 27 unidades federativas recuaram no volume de serviços. As influências mais negativas foram de São Paulo (-3,8%), Rio de Janeiro (-7,9%) e Distrito Federal (-18,6%). O IBGE calcula mensalmente um indicador que reúne as atividades do setor ligadas ao turismo. Em novembro, o Índice de Atividades Turísticas avançou 7,6% na comparação com o mês anterior, sétima taxa positiva seguida. Porém, o segmento de turismo ainda está 42,8% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia promover o distanciamento social como forma de conter o avanço da Covid-19 pelo país, afetando boa parte das atividades turísticas.

* Com informações da Folhapress

Mais matérias
desta edição