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Economia Setor de turismo em Alagoas deve registrar crescimento no período carnavalesco, acredita Fecomércio-AL

CARNAVAL DEVE MOVIMENTAR O SETOR TURÍSTICO EM ALAGOAS

Sem festas por causa da pandemia, Estado deve atrair turistas e movimentar economia local

Por Hebert Borges | Edição do dia 16/01/2021 - Matéria atualizada em 16/01/2021 às 04h00

Sem carnaval nos moldes tradicionais, com aglomerações nas ruas, mas com o feriado garantido, empresários alagoanos apostam que a movimentação turística deve fazer girar a economia de Alagoas nesse período. Durante as festas de dezembro passado, a ocupação hoteleira registrou lotação de 85% no estado. O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL), Victor Hortencio, lembra que a Portaria Federal de Nº 430 emitida pelo Ministério da Economia em 30 de dezembro de 2020 e o Decreto Estadual de Nº 72.527 definiram que os dias 15, 16 e 17 serão considerados pontos facultativos, tanto em Alagoas quanto no resto do território nacional. Porém, o Ministério Público de Alagoas (MP/AL) expediu recomendação aos 102 prefeitos dos municípios alagoanos para que não realizem qualquer tipo de evento durante o carnaval devido à pandemia do novo coronavírus. Somando esses fatores, ele diz acreditar que a recomendação fará com que o complexo artístico, formado por bandas, shows, blocos, além do encadeamento de serviços informais, que giram em torno desses eventos, acumulem perdas “consubstanciais” no período. Em contrapartida, ele cita que o cenário de momento indica uma movimentação considerável em todo o estado devido à sua vocação turística, o que possibilitará renda para uma gama de negócios.

Sobre o restante do primeiro semestre de 2021 em Alagoas, Hortencio diz que esse período é marcado por expectativas. “O cenário econômico nacional e, consequentemente, estadual dependem de decisões alocadas na esfera de ação política”, pontua. Segundo ele, a primeira decisão é sobre a prorrogação dos auxílios federais, que injetaram na economia alagoana, até dezembro de 2020, uma liquidez aproximada de R$ 5 bilhões. “A segunda expectativa, e não menos importante, deve-se às notícias referentes à vacinação em massa da população brasileira e à possível volta da normalidade, principalmente no tocante à economia”, enfatiza. O economista cita pesquisas recentes para dizer que o setor do Comércio em Alagoas está otimista. “Tomando como base a Pesquisa mensal do Comércio (PMC), observou-se que até outubro de 2020 os indicadores de volume de vendas do comércio varejista vêm perfilando uma recuperação gradual, diluindo mês a mês os percentuais negativos obtidos no fechamento total do comércio em Alagoas. De maneira que de janeiro a agosto tinha-se um acumulado de volume de vendas negativo na ordem de -7%, já entre janeiro a setembro esse número caiu para -5,4%, chegando no acumulado de janeiro a outubro a um percentual de -4,1%”, explica.

TRIBUTOS

Segundo Hortencio, outro ponto positivo que evidencia retomada da economia, é o aumento, mesmo que moderado, do volume anual de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Alagoas. “De acordo com o CONFAZ [Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)], o valor arrecadado sobre a comercialização de todos os bens e serviços no ano de 2020 ficou em torno de R$ 672 milhões, volume 0,31% maior do que o de 2019. Mas o que chama a atenção é o aumento de 30% na arrecadação desse imposto no mês de dezembro de 2020, quando comparado ao mesmo mês de 2019, ou seja, saímos de R$ 69 milhões para R$ 91 milhões”, cita. O último fator apontado por Victor Hortencio como positivo para o primeiro semestre em Alagoas, é a diminuição persistente do número de endividados no estado, registrada na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). “É outro condicionante positivo para uma perspectiva otimista nos primeiros meses de 2021. De acordo com a PEIC, o percentual de endividados saiu de 66% para 64% entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, que, em termos absolutos, representa menos cinco mil pessoas endividadas no estado. Esse panorama cria uma reserva de potencial de consumo importante, considerando que essas pessoas foram moderadas em termos de consumo no ano passado, transferindo, portanto, essa demanda reprimida para o primeiro semestre de 2021”, avalia.

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