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Nº 5824
Economia

Risco-Brasil desaba quase 6% em dia de euforia no mercado

São Paulo – O mercado financeiro começou a primeira semana completa do ano em clima de euforia. Nesta segunda-feira, o dólar caiu 0,83%, a Bovespa subiu 4,84%, o risco-país terminou no menor nível desde outubro de 97 e o C-Bond, principal título da dívida

Por | Edição do dia 06/01/2004 - Matéria atualizada em 06/01/2004 às 00h00

São Paulo – O mercado financeiro começou a primeira semana completa do ano em clima de euforia. Nesta segunda-feira, o dólar caiu 0,83%, a Bovespa subiu 4,84%, o risco-país terminou no menor nível desde outubro de 97 e o C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, bateu um novo recorde histórico. O risco-Brasil desabou quase 6% e fechou no menor patamar desde 24 de outubro de 1997, marcando 425 pontos. Durante o dia, chegou a cair mais de 10%, na mínima de 418 pontos. Se a queda continuar e o índice ficar abaixo de 400 pontos, será a primeira desde 23 de outubro de 1997, quando encerrou em 374 pontos, segundo o banco americano JP Morgan, responsável pelo cálculo do indicador. A forte baixa do risco brasileiro refletiu a valorização do principal título da dívida externa do país, que bateu um novo recorde histórico. O papel subiu 0,50%, a 99,125% do valor de face. No dia, teve máxima de 99,312% do valor de face. Nas mesas de operações, continuaram as avaliações otimistas em relação às perspectivas de crescimento da economia brasileira e dos EUA em 2004. No curto prazo, há expectativas de melhora da nota de risco (“rating”) do Brasil até o final do primeiro trimestre deste ano, de uma nova venda de bônus pelo Tesouro Nacional e de uma recompra de C-Bond quanto o papel atingir 100% do seu valor de face. Esse quadro também favoreceu os títulos de outros países emergentes - o risco mexicano chegou a cair mais de 8%. A perspectiva de manutenção dos juros americanos em 1% ao ano motiva os investidores estrangeiros a deixar seu dinheiro aplicado em papéis de países emergentes, que oferecem retorno maior. No final de semana, Ben Bernanke, diretor do Federal Reserve, disse que existem agora menos dúvidas de que os EUA iniciaram uma recuperação econômica duradoura, mas ressaltou que ainda há muito o que fazer.

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