A economia brasileira vem dando sinais de recuperação após os sucessivos choques ocorridos no ano passado, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria). De acordo com o Informe Conjuntural divulgado ontem pela entidade, o Brasil conseguiu isolar os efeitos da crise argentina, mostrando uma retomada da trajetória de crescimento. Em 2001, o País sofreu com a rápida deterioração do cenário econômico da Argentina, seguida da crise energética, o que causou uma “frustrante’’ expansão de apenas 1,51% do PIB (Produto Interno Bruto), contra 4,4% em 2000, segundo a confederação. Para este ano, a CNI estima que o crescimento da economia não ultrapasse 3%, mesmo que o cenário seja muito favorável. O otimismo para 2002 deve-se aos resultados positivos observados no primeiro trimestre, quando o nível de investimentos manteve-se estável e o risco-país caiu para o mesmo patamar do início do ano passado (700 pontos). Esse fator, de acordo com a entidade, afastou o receio quanto ao financiamento das contas externas, determinando o recuo da taxa de câmbio e eliminando as pressões inflacionárias mais fortes.