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Economia No ano passado, as mulheres foram mais atingidas pela eliminação de vagas formais de trabalho em Alagoas

IBGE: MULHERES PERDEM MAIS POSTOS DE TRABALHOS EM AL

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Por Lívia Tenório* | Edição do dia 20/02/2021 - Matéria atualizada em 20/02/2021 às 04h00

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que no ano passado, as mulheres perderam mais vagas de emprego em comparação aos homens. O saldo, ou seja, o resultado entre contratações e desligamentos, ficou em menos 315 para as mulheres e 4.910 para os homens. Tanto o número de admissões quanto o número de desligamentos foi maior para o sexo masculino. Em 2020, 86.290 alagoanos foram admitidos, enquanto que para as mulheres o número sequer chegou na casa dos 30 mil, foram contratadas 27.610. Para a mestra em recursos humanos Aristella Lemos, a maior perda de postos formais de trabalho para as mulheres não tem a ver com discriminação em relação a gênero, mas pela função exercida. “Por exemplo, se havia mais mulheres na área comercial, a que mais sofreu com demissões, então elas perderam seus empregos por conta disso”, ressalta. De acordo com o Caged, o setor comercial foi onde mais houve desligamentos, contabilizando 27.4646 demissões e 28.314 admissões, ou seja, o setor empregou mais do que demitiu, ficando com saldo positivo de 850. Os setores de trabalhadores agropecuários e de produção de bens de serviços ficaram logo atrás com 26.430 e 22.610 desligamentos, respectivamente.

Os dados referentes às demissões mostram que dos 109.305 demitidos em Alagoas, aproximadamente 57% possuía ensino médio completo. A respeito da faixa etária, a maior parte dos desligamentos foi entre pessoas com 30 a 39 anos.

“Entre a grande maioria das indústrias do nosso estado, se você observar quais profissionais foram desligados, foi justamente a mão-de-obra, ou seja, o operário. Geralmente aqui, essas pessoas não possuem qualificação, infelizmente por conta disso, para o mercado, eles são facilmente substituíveis”, pontua a mestra em RH. Em escala nacional, o saldo se manteve positivo para os homens e negativo para as mulheres, com 230.294 abertas e 87.604 extintas, respectivamente. No entanto, a maior parte dos desligamentos foi para profissionais do sexo masculino: foram 9.205.837 contra 5.817.684 das demissões de mulheres, o que resulta em uma diferença de aproximadamente 53%. Os trabalhadores da área de vendas de comércio foram os que mais sofreram com o resultado, contabilizando 4.355.841 profissionais que ficaram sem seus empregos. Já em relação a contratações, o setor de produção de bens de serviços se manteve como o setor que mais admitiu pessoas no ano anterior, com 4.148.441 trabalhadores admitidos. Referente a faixa etária por saldo, jovens de 18 a 24 anos protagonizaram a maior parte das admissões.

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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