Mesmo sendo serviço essencial, as panificadoras de Alagoas não ficaram isentas das dificuldades devido a pandemia da Covid-19. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria, Bolos, Bolachas, Biscoitos e Massas Alimentícias do Estado de Alagoas (Sindipan), Alfredo Dacal, em alguns meses de 2020, o setor chegou a registrar uma queda de 45%, além do trigo ter a ficar 80% mais caro e todos os produtos sofreram aumento.

“Todas as matérias primas aumentaram consideravelmente o preço. O trigo, que registrou 80% de aumento, foi o principal responsável por fazer os preços dos pães subirem. A soja também aumentou de preço, muito devido a política do Brasil, que é o maior produtor mundial de soja”, diz Alfredo Dacal.

Ainda conforme o presidente, o Sindipan é formado, em sua maioria, por micro e pequenos empreendedores (MPEs), optantes pelo Simples Nacional. 

“O segmento da panificação enfrenta diversos desafios, em virtude da paralisação das atividades, durante o isolamento social. Panificadores se mobilizam em busca de mecanismos que reduzam o impacto da crise e na reestruturação dos negócios. Um desses mecanismos foi a inserção do serviço de delivery nesses estabelecimentos”, comenta.

Além do trigo e da soja, o presidente registrou um aumento no preço das embalagens e do gás. Algumas padarias substituíram o gás pelo forno a lenha, o que aumenta a produção de carbono e não beneficia o meio ambiente. “Não verifiquei nenhuma movimentação do governo para atenuar o preço dessas matérias primas” e afirma que “o preço do quilo atual do pão francês esta na faixa de R$ 9,10 a R$ 14,15. Praticamente toda a matéria prima usada pelas panificadoras é de fora de Alagoas, e, mesmo assim, é um dos menores preços de todo o país”, finaliza Dacal.

* Sob supervisão da editoria de Economia.