ENDIVIDAMENTO DO MACEIOENSE DIMINUIU PELO 7º MÊS
Número de inadimplentes recuou 42,81% em fevereiro relação ao mesmo mês de 2020, aponta Fecomércio Alagoas
Por Jamylle Bezerra com Assessoria | Edição do dia 23/03/2021 - Matéria atualizada em 23/03/2021 às 04h00
O percentual de endividamento dos maceioenses apresentou queda, pelo sétimo mês consecutivo, conforme Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada nessa segunda-feira (22). O índice ficou em 61,9% em fevereiro, sendo o menor patamar dos últimos doze meses. O estudo é do Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em termos comparativos, nesse início de ano a capital alagoana apresentou indicadores de endividamento menores do que a média nacional, já que o desempenho das capitais brasileiras ficou em 66,7%. Em relação às contas em atraso, o percentual de Maceió é 17,5%, enquanto a média das demais capitais está em 24,5%.
Em termos absolutos, a variação mensal dos endividados foi moderada, saindo de 190 mil para 187 mil pessoas, uma queda de -1,78% quando comparado a janeiro. Já o número de endividados com contas em atraso, que contabilizava mais 56 mil pessoas, caiu para 53 mil, o que percentualmente equivale a -5,42%.
Desempenho
Na aquisição de bens e serviços, o cartão de crédito permanece como o principal fator gerador de dívidas, sendo utilizado por 96,9% dos consumidores; um recuo de -0,92% na comparação mensal. “É válido ressaltar, que esse percentual de endividamento por meio de cartão de crédito ultrapassou a média das demais capitais do Brasil, que é de 80%”, pontua o economista.
Depois do cartão de crédito, a busca é por modalidades de endividamento de curto prazo, como os carnês (15,9%). O financiamento de imóveis foi contratado por 3,4% dos residentes em Maceió.
Outro indicador em queda é o percentual de consumidores que declararam não ter condições de pagarem suas contas em atraso: nos últimos doze meses, queda de -46,39%. Em termos absolutos, saiu de um patamar de 48 mil pessoas para quase 26 mil.
Dentre os endividados, 29,7% dos consumidores com renda até 10 salários-mínimos possuem alguma dívida atrasada, contra 6,8% dos que recebem mais de 10 salários. Quanto ao tempo de atraso, os números continuam constantes, pois os dois grupos salariais têm uma média similar de um pouco mais de 70 dias, sendo que mais de 60% dos dois níveis de renda demoram entre três e seis meses no pagamento das dívidas, comprometendo, em média, 28,4% das suas rendas nesse período.
Na perspectiva anual, os indicadores de endividamento e inadimplência mostram um panorama de redução expressiva durante o período de pandemia, em Maceió, de maneira que todos os indicadores estão, em sua maioria, abaixo do mesmo período no ano passado.
No que tange aos endividados com contas em atraso, ou seja, os inadimplentes, observou-se uma diminuição de -42,81% com relação a fevereiro de 2020. Traduzindo esses números percentuais para números absolutos, o montante de 92 mil pessoas com contas em atraso, em fevereiro de 2020, reduziu-se para 53 mil, em 2021, refletindo uma queda de mais 39 mil pessoas inadimplentes na capital.