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Economia Gessyka Evelyn diz que vendas dispararam no começo das restrições, em março de 2020

PANDEMIA: ALAGOANOS APOSTAM EM VENDAS PELAS REDES SOCIAIS

Jovem empreendedora conta que desde o começo da pandemia

Por Hebert Borges | Edição do dia 17/04/2021 - Matéria atualizada em 17/04/2021 às 04h00

A pandemia da Covid-19 fechou, literalmente, as portas de muitos negócios. No entanto, alguns cresceram durante a crise, que é o caso das lojas virtuais. Há quem venda roupas, bijuterias e comida. É o caso da alagoana Gessyca Evelyn, de 26 anos. Ela conta que sempre sonhou em ser dona do próprio negócio. A jovem empreendedora conta que no começo da pandemia as vendas aumentaram consideravelmente. Ela revela que atualmente o movimento até caiu. Ela diz acreditar que essa retração seja um reflexo da redução no valor pago pelo Auxílio Emergencial do Governo Federal.

Mas a atuação da empreendedora no universo digital começou bem antes da pandemia. Gessyka Evelyn conta que quando tinha 16 anos trabalhou como jovem aprendiz em uma loja no Centro de Maceió.

“Peguei uma parte do meu salário e comprei umas peças para fazer bijuterias. Na época não existia Instagram, então postava as peças no meu Facebook”, relata. Gessyca Evelyn conta que entre os prós e contras do trabalho por meio das redes sociais é que o protocolo de entrega precisa ser dobrado para que o cliente sinta confiança no serviço. “No presencial o cliente tem como ver como realmente é a peça, virtualmente ele não consegue”, explica. Para quem quer seguir por esta área, ela aconselha. “Comece, se der medo vá com medo mesmo. Invista bastante em marketing, e não desista no primeiro desafio”. No caso de Ericka Silva, empreender nas redes sociais foi a alternativa encontrada para a subsistência. Ela conta que a ideia surgiu durante a pandemia. Eu comecei a ver que eu tinha que me virar para poder pagar as contas e até mesmo comprar algo pra mim”, diz. A jovem vende cosméticos pelas redes sociais e diz que consegue um lucro bom. “Trabalho com uma coisa que nós mulheres sempre precisamos”. Ericka Silva relata que essa modalidade permite alcançar um público que ela acha que nunca conseguiria com loja física. “Antes de começar a vender pedi opiniões construtivas, é importante ter um bom papo, divulgar sua página e até mesmo pedir para os amigos compartilhar”, aconselha. Pesquisa da consultoria Ebit|Nielsen aponta que a receita com vendas de e-commerce no Brasil cresceu 41%, para R$ 87,4 bilhões, em 2020. O crescimento ante 2019 foi impulsionado pelo aumento do número de pedidos e pela maior participação das operações realizadas por celular, em um ano em que as compras físicas foram limitadas pela pandemia da covid-19. Segundo o relatório, a alta da receita on-line teve como principal fator o aumento na quantidade de pedidos. Foram 194 milhões de compras on-line realizadas em 2020, alta de 30% sobre o ano anterior. Quarenta e três por cento foram realizadas com frete grátis, o que teria contribuído para a sua realização, diz o levantamento. “O brasileiro mostrou estar totalmente ambientado com o ambiente de compras on-line. Esse processo amadureceu de maneira muito rápida por causa da pandemia. E os comerciantes souberam transformar a dificuldade em maiores ganhos oferecendo um serviço ágil, confiável e eficiente”, afirmou o diretor de e-commerce de Ebit|Nielsen, Marcelo Osanai, em nota. O relatório Webshoppers 43 Ebit|Nielsen & Bexs Banco também destaca que 55,1% das compras on-line foram feitas em telefones celulares, ou 106,6 milhões de pedidos, gerando uma receita de R$ 45,9 bilhões, 79% maior que o registrado em 2019 e 176% maior que em 2018. Para a Ebit|Nielsen, as restrições impostas pela pandemia levaram as vendas do e-commerce a se concentrar em lojas de departamento. Esse segmento sozinho contribuiu com 84,3% do faturamento total, seguido bem atrás por artigos esportivos (+2,8%), informática (+2,4%), roupas (2,2%) e autosserviço (1,8%). O levantamento mostrou também que os Estados do Sudeste permaneceram em primeiro lugar na contribuição para as vendas, com 52% do valor arrecadado, contribuindo 44,1% para a alta total do e-commerce em 2020. Porém, o Nordeste dobrou o consumo no e-commerce, com 18,5% do total e 31,7% de contribuição, de acordo com a Ebit|Nielsen. “Esse dado mostra que o e-commerce é uma realidade em todo o país, deixou de ser algo restrito. E isso pode ser atribuído às restrições da pandemia. O processo de interiorização do e-commerce se acelerou por conta da nova realidade imposta em todo o mundo”, afirmou Osanai.

*com informações do valor econômico.

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