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Nº 5759
Economia

Tens�o pol�tica afeta mercado e risco-pa�s dispara 7%

São Paulo - A tensão do mercado com a crise política do governo Lula atingiu ontem o ápice. O risco Brasil disparou 7%, aos 596 pontos, o maior patamar desde outubro de 2003. A Bovespa desabou 4,77%. O dólar subiu pelo quinto dia, vendido a R$ 2,96. Desd

Por | Edição do dia 20/02/2004 - Matéria atualizada em 20/02/2004 às 00h00

São Paulo - A tensão do mercado com a crise política do governo Lula atingiu ontem o ápice. O risco Brasil disparou 7%, aos 596 pontos, o maior patamar desde outubro de 2003. A Bovespa desabou 4,77%. O dólar subiu pelo quinto dia, vendido a R$ 2,96. Desde a sexta-feira passada, o risco brasileiro já subiu 75 pontos com a preocupação dos investidores com a crise política instalada após a demissão de um ex-assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), Waldomiro Diniz, envolvido em denúncia de corrupção. No ranking da desconfiança dos investidores estrangeiros, o Brasil ocupa o quinto lugar. Neste ano, o risco brasileiro acumula alta de 27% e se aproxima a cada dia do quarto colocado, o da Nigéria. Em 2002 o país africano, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, decretou moratória da dívida externa. O ranking da desconfiança externa, calculado pelo banco americano JP Morgan, é liderado pela Argentina (5.533 pontos), seguida pelo Equador (757 pontos), Venezuela (700 pontos) e Nigéria (664 pontos). Bolsa Bovespa sofreu a segunda maior queda do ano, contaminada pela piora do risco Brasil, pela fuga de recursos e por boatos sobre a existência de novas denúncias envolvendo figuras do governo Lula. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo despencou 4,77% e perdeu mais de mil pontos. Encerrou aos 20.950 pontos, o menor patamar desde o dia 16 de dezembro passado. Nessa marca, o Ibovespa passou a acumular baixa de 7% na semana, 4,1% no mês e de 5,7% no ano. No pior momento do dia, a Bolsa chegou a desabar 5,1%. Com a proximidade do Carnaval e incertezas políticas, o mercado preferiu se desfazer de algumas ações para evitar surpresas negativas que, eventualmente, apareçam no período do feriado. Dólar O dólar cravou ontem a maior cotação desde setembro passado, subindo pelo quinto dia consecutivo. A moeda americana fechou em alta de 0,61%, vendida a R$ 2,96. No ano, já acumula valorização de 2%. A crise política gera incerteza no investidor e alimenta a escalada do dólar, segundo analistas. A proximidade do feriado do Carnaval também motiva a alta das cotações. Os bancos preferem redobrar a cautela, evitando assumir posições de risco em suas aplicações.

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